O CEO da Boeing, Dave Calhoun, anunciou nesta segunda-feira, 25, que irá renunciar ao cargo no fim do ano, como parte de uma reestruturação mais ampla após recentes problemas de produção colocarem a fabricante americana de aviões na mira de reguladores do setor.
Em comunicado, a Boeing informou também que o chefe de seu negócio de aeronaves comerciais, Stanley Deal, deixará o cargo imediatamente e que o presidente do conselho de administração, Larry Kellner, não se candidatará à reeleição.
Deal será substituído por Stephanie Pope, que recentemente havia assumido como chefe operacional.
A Boeing está sob pressão para apresentar um plano para lidar com problemas de qualidade desde que a porta de um 737 Max da Alaska Airlines explodiu em pleno voo, em 5 de janeiro.
Calhoun, que foi contratado para resgatar a Boeing após dois acidentes fatais envolvendo aviões 737 MAX em 2018 e 2019, passou os últimos meses tentando convencer investidores, reguladores e companhias aéreas de que a empresa ainda é capaz de construir aeronaves de qualidade.
Acidente
Passageiros que estavam a bordo do avião Boeing 737 da Alaska Airlines, cujo plugue de porta se soltou em pleno voo em janeiro, estão processando a companhia aérea, a fabricante da aeronave, uma fornecedora de peças da fabricante Boeing e outras dez pessoas que não tiveram o nome relevado. Procurada, a Boeing respondeu em e-mail na quinta-feira, 14, para a Associated Press: “não temos nada a acrescentar”. A Alaska Airlines e a Spirit AeroSystems, que é fornecedora da Boeing, não responderam ao pedidos de comentários.
O processo foi apresentado no Tribunal Superior do Condado de Washington na quinta-feira. Entre os sete passageiros que estão movendo a ação, está o cliente sentado na poltrona próxima ao plugue de porta, que afirma ter sido salvo pelo cinto de segurança.
Com informações de Estadão Conteúdo(Sergio Caldas).
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