O crescimento do mercado plant-based e o papel do profissional da saúde

O crescimento do mercado plant-based e o papel do profissional da saúde

Nos últimos anos, temos testemunhado um aumento significativo no interesse e na adoção de dietas baseadas em vegetais em todo o mundo. Este movimento em direção ao estilo de vida plant-based não é apenas uma tendência passageira, mas sim um fenômeno que está moldando o futuro da indústria alimentícia e da saúde global. Sendo assim, é essencial que os profissionais da saúde estejam atentos a essa mudança e entendam seu impacto na orientação aos pacientes e consumidores.

Crescimento exponencial do mercado plant-based:

De acordo com dados da Grand View Research, o mercado global de alimentos à base de plantas foi avaliado em aproximadamente US$ 5,3 bilhões em 2020 e espera-se que atinja US$ 74,2 bilhões até 2027, representando uma taxa de crescimento anual composta de 17,4%.

Um relatório da Nielsen revelou que as vendas de produtos plant-based nos Estados Unidos aumentaram 27% em 2020, ultrapassando a marca de US$ 7 bilhões. Isso reflete uma mudança significativa nos hábitos de compra dos consumidores americanos.

Na Europa, o mercado de substitutos de carne à base de plantas cresceu 37% entre 2017 e 2019, de acordo com dados da Mintel. Países como Alemanha, Reino Unido e Suécia estão liderando essa tendência, impulsionados por preocupações com saúde, bem-estar animal e sustentabilidade ambiental.

O papel do profissional da saúde:

Em meio a esse crescimento do mercado plant-based, os profissionais da saúde desempenham um papel fundamental na orientação e educação dos pacientes sobre os benefícios e desafios associados a esse estilo de vida alimentar.

Através de uma pesquisa que a Saudabe realizou em parceria com a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), os profissionais da saúde, especialmente as nutricionistas, estudam muito sobre o tema através de artigos científicos e cursos online, prescrevem protocolos plant-based para seus pacientes e enxergam melhoria na qualidade de vida dos mesmos.

Através da pesquisa também mapeamos que um dos principais desafios está na solução de produtos e disponibilidade no mercado do que na aceitação dos pacientes, ou seja, o principal ponto para as nutricionistas é a questão da acessibilidade, pois o valor agregado impacta na decisão.

A nutrição e a sustentabilidade atrelados aos produtos plant-based são pontos positivos; porém, sabor, variedade e acesso (preço + disponibilidade) ainda têm oportunidades de melhorias.

Conclusão

Em resumo, o crescimento do mercado plant-based apresenta oportunidades empolgantes para promover a saúde e o bem-estar, mas também traz consigo desafios que exigem uma abordagem informada e holística por parte dos profissionais da saúde. Estar atento a essa tendência e estar preparado para orientar e apoiar os pacientes nessa jornada é essencial para garantir que todos possam desfrutar dos benefícios de uma alimentação baseada em vegetais de forma segura e sustentável.

Bruna Pavão é fundadora e CEO da SaudaBe Group.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.
Imagem: Shutterstock

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