O setor de máquinas viu com bons olhos a aprovação do novo arcabouço fiscal e espera que o Senado aprove o projeto com celeridade. “Entendemos que o ideal seria aprovar o arcabouço fiscal o mais rápido possível no Senado para que o Banco Central mude a sua posição e comece a reduzir os juros”, disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso.
Segundo Velloso, a indústria de máquinas é muito sensível à taxa de juros. Por isso, o setor pode se beneficiar com a aprovação do projeto, considerando que ele traz argumentos mais fortes para que o Banco Central comece a revisar a política de juros.
“Todo o País sai beneficiado, pois a questão dos juros afeta a todos. Com a queda dos juros nós vamos vender mais máquinas, a considerar o grande exemplo de 2021 quando a Selic chegou a 2%. Naquele ano, aumentamos as vendas em 28%, na comparação com o ano de 2020, que já tinha uma base forte de vendas”, disse.
Arcabouço fiscal
Quase três semanas após ser apresentado, o novo arcabouço fiscal que substituirá o teto de gastos foi entregue no dia 18 ao Congresso Nacional. A entrega ocorreu em evento fechado no Palácio do Planalto, com participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva; do ministro da Fazenda, Fernando Haddad; e dos presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco.
O projeto de lei complementar terá ajustes, que esclarecem pontos não divulgados no fim de março. A principal mudança diz respeito às arrecadações extraordinárias, que não serão consideradas no cálculo do limite de crescimento real (acima da inflação) de 70% das receitas, limitado a um intervalo entre 0,6% e 2,5% acima da inflação.
Com informações de Estadão Conteúdo (Jorge Barbosa)
Imagem: Shutterstock