Brasileiro prioriza compras de emergência e reduz itens na cesta de consumo

Destaques das cestas de compras foram hortaliças, refrigerantes, pães, produtos de limpeza e frutas

As cestas de compras do consumidor brasileiro estão menores

As cestas de compras dos brasileiros estão mais enxutas. Em vez de realizar a compra do mês, o consumidor está priorizando as chamadas compras de emergência, com até 4 itens. Esse modelo representou 48,9% do total no primeiro trimestre de 2023. Na sequência, estão as compras de conveniência (de 5 a 11 itens), com 30%; de reposição (12 a 25 itens), com 15,2%; e de abastecimento (acima de 25 itens), com 5,9%

Os dados fazem parte de um levantamento feito com 7,5 milhões de consumidores em 3,2 mil estabelecimentos, realizado pela Tail by Totvs, por meio da ferramenta de inteligência de dados Tail Shoppers.

Em comparação com o mesmo período do ano passado (R$ 106,42), o valor médio das compras dos brasileiros teve poucas variações, com um aumento de 1,49% no primeiro trimestre de 2023 (R$ 108,49). Além disso, os principais destaques em termos de itens que compõem as cestas, na comparação anual, foram hortaliças (aumento de 5,8%), refrigerantes (aumento de 5,3%), pães (aumento de 4,4%), produtos de limpeza (aumento de 3,7%) e frutas (aumento de 3,6%).

“Com o aumento das compras de emergência e por conveniência, uma das tendências, por exemplo, é o crescimento do varejo de proximidade, ou seja, estabelecimentos que oferecem algum benefício ao cliente, normalmente pela localização mais próxima”, conta o CEO e cofundador da Tail by Totvs, Cristiano Nobrega.

Outros padrões

Compradores mais jovens também foram identificados pelo relatório, sendo os mais ativos na faixa etária entre 18 e 30 anos, com um aumento de 16,1% para 17,8%. No entanto, os consumidores entre 31 e 50 anos ainda representam a maior porcentagem (47,8%), enquanto os acima de 51 anos tiveram uma redução de 36% para 34,3%.

“As necessidades de pessoas de 18 a 30 anos são diferentes do público de 36 a 45 anos, portanto, a exposição dos produtos deve ser outra”, ressalta Nobrega.

O estudo também mostrou um aumento de 14,7% nas compras da classe D (com uma variação percentual de 12,7% em comparação ao ano anterior) e um aumento de 51,2% na classe C, representando metade das cestas. Além disso, foi observado que as mulheres representam 53,6% das responsáveis pelas compras, o que representa um aumento de 1,9 pontos percentuais em comparação ao ano anterior.

Pernambuco lidera em ticket médio

Apontado como o estado com o maior ticket médio do país – R$ 93 por cesta – Pernambuco é um dos destaques do relatório. Em seguida, temos Santa Catarina, com o maior ticket médio de R$87,00, além de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, ambos com R$ 80.

São Paulo representa 23,4% das mais de 206 milhões de cestas analisadas durante o estudo, seguido por Minas Gerais e Rio de Janeiro, com 14,7% e 12,2%, respectivamente. Além disso, o Rio Grande do Sul contribui com 11,8%, o Ceará com 7,8%, o Espírito Santo com 4,2%, Pernambuco e o Distrito Federal com 3,5% cada, Santa Catarina com 31,1% e a Bahia com 2,2%.

O CEO da companhia afirma que esses dados comprovam a força da região no segmento de supermercados e destacam a importância dos mercados de bairro no consumo dos brasileiros. “Essa é uma informação valiosa para apoiar estratégias e planejamentos desses varejistas, que precisam cada vez mais buscar entender o comportamento de seu público, suas tendências de consumo e as ações que fazem ou não sentido aplicar no seu negócio”, finaliza o executivo.

Imagem: Shutterstock

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