O consumidor brasileiro está priorizando o preço e a variedade de produtos nas lojas na hora de comprar peças de vestuário. Este comportamento representa uma mudança em relação há dois anos, quando o bom atendimento na loja era o principal requisito na decisão de compra. A conclusão é parte de um estudo do IEMI – Inteligência de Mercado, realizado com 1.250 consumidores em sua última compra de roupas.
“Este dado reflete a retração da economia nos últimos anos que obrigou os consumidores, especialmente das classes C e D, a reduzirem os gastos em geral”, analisou Marcelo Prado, diretor do IEMI.
O e-commerce também vem crescendo na preferência dos consumidores. As lojas físicas continuam sendo as favoritas para 79% dos brasileiros, 17% fizeram sua última compra no online, contra 14% em 2017. Para Prado, “ainda que incipiente, o e-commerce vem ganhando participação crescente no setor”.
No varejo físico, 50% das compra foram feitas em shopping centers, um ponto percentual acima da pesquisa de 2017. A escolha das lojas de rua ficou estável, com 32% da preferência.
A frequência de compra também caiu, passando de 6 para 5,6 compras por ano na comparação com a pesquisa de 2017. Isso demonstra que o consumidor está mais cauteloso em relação aos seus gastos. O resultado só foi diferente na classe A, em que a frequência de compra de vestuário passou de 8 para 8,8. Além disso, o consumidor está levando mais peças, já que a média de 2017 era 3 e hoje é 3,1.
Em relação às motivações para a compra, 22% dos consumidores, principalmente os homens (28%), alegaram que estavam comprando para “substituir uma peça antiga”. Esta motivação também foi a mais informada pelas mulheres (17%), porém, em menor número. Neste quesito, as mulheres deram mais respostas emocionais, como: “queria me dar um presente” e “vontade de me sentir bonita ou bem vestida”.
Mais de 51% delas compraram influenciadas por estes tipos de motivações. Os homens por outro lado, se engajaram mais com motivações pragmáticas, como: “uma festa ou um evento especial” e “comprei para dar de presente”. Cerca de 50% informou estes tipos de motivações.
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