O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da cidade de São Paulo atingiu 117 pontos este mês, representando um crescimento de 6,9% em relação aos 109,5 pontos em dezembro. Está é a mais alta pontuação desde setembro de 2014. O índice apresentou um resultado ainda melhor na comparação anual, com alta de 14,4%.
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo ) desde 1994. A pesquisa é realizada com cerca de 2.100 consumidores no município de São Paulo. O objetivo é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura.
Os dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Os dados coletados auxiliam na tomada de decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas. O ICC é usado como referência nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), responsável pela definição da taxa de juros no País.
O ICEA (Índice das Condições Econômicas Atuais, um dos componentes do índice) cresceu 8,6%, passando de 82,8 pontos em dezembro para 90,0 pontos em janeiro, a maior pontuação desde abril de 2015. Em relação a janeiro do ano passado, o indicador assinalou alta de 32,0%. O IEC (Índice das Expectativas do Consumidor, outro componente do ICC) avançou 6,1%, ao passar de 127,2 pontos em dezembro para 134,9 pontos em janeiro. No comparativo anual, o crescimento foi de 8%.
A assessoria econômica da Federação acredita que o resultado é reflexo do recebimento dos recursos adicionais do décimo terceiro salário, que melhora a avaliação dos consumidores em relação ao momento atual e às expectativas sobre os meses seguintes.
O maior crescimento do ICEA foi no grupo feminino, que cresceu 11%, ao passar de 75,6 em dezembro para 83,9 pontos em janeiro. O grupo de consumidores com renda familiar superior a 10 salários mínimos (SM) subiu 14,5% ao passar de 90,7 pontos em dezembro para 103,8 pontos em janeiro, sendo única segmentação acima dos 100 pontos – indicando, portanto, otimismo.
Tiveram destaque no IEC os grupos de consumidores com renda superior a dez salários mínimos e do público masculino. O grupo com renda mais alta assinalou alta de 9,2%, ao passar de 141,2 pontos em dezembro para 154,2 pontos em janeiro, e o público masculino subiu 6,8%, passando de 128,6 pontos em dezembro para 137,4 pontos em janeiro.
As recuperações do emprego e da renda têm sido fundamentais para a restauração da confiança do consumidor e devem acelerar de forma mais consistente o poder de compra, assim como o ciclo de consumo, acreditam os assessores econômicos da FecomercioSP.
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