Alibaba desiste de IPO de unidade de logística

Em vez disso, a varejista está se oferecendo para comprar as participações minoritárias da Cainiao por até US$ 3,75 bilhões

Alibaba desiste de separar unidade de nuvem, citando restrições dos EUA para chips

O Grupo Alibaba desistiu dos planos de abrir o capital da sua unidade de logística, poucos meses depois de ter cancelado da mesma forma o lançamento da oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) do seu negócio de computação em nuvem.

O Alibaba estava planejando listar sua subsidiária Cainiao Smart Logistics Network na Bolsa de Valores de Hong Kong. Mas a empresa de comércio eletrônico anunciou na terça-feira que desistiu desse plano.

Em vez disso, a Alibaba está se oferecendo para comprar as participações minoritárias da Cainiao por até US$ 3,75 bilhões.

O plano do IPO da Cainiao fazia parte de um grande esforço de reestruturação anunciado pelo Alibaba no ano passado.

“Dada a importância estratégica da Cainiao para o Alibaba e a significativa oportunidade de longo prazo que vemos na construção de uma rede logística global, acreditamos que esse é um momento apropriado para duplicar o investimento do Alibaba na Cainiao”, disse o presidente do Alibaba, Joseph Tsai, em um comunicado.

UE abre investigação contra Aliexpress, do Alibaba

A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, anunciou a abertura de uma investigação contra o AliExpress, e-commerce chinês controlado pelo grupo Alibaba, por disseminação de conteúdo ilegal e problemas na proteção ao consumidor.

Em nota, a Comissão informa que a investigação checará se o AliExpress quebrou as regras do Ato de Serviços Digitais (DSA, na sigla em inglês) em áreas ligadas ao gerenciamento e mitigação de riscos; moderação de conteúdo e mecanismos internos de resolução de reclamações; transparência de publicidade e sistemas de recomendação; rastreabilidade de comerciantes; e acesso a dados para pesquisadores.

Entre os pontos levantados como riscos, o braço executivo da UE destaca a falta de proibição de certos produtos que representem ameaça a saúde do consumidor – como remédios falsos – e a menores especificamente, como acesso a material pornográfico.

Além disso, o AliExpress foi acusado de disseminar conteúdos ilegais, manipular intencionalmente consumidores por meio de links escondidos e de não prevenir a promoção de produtos danosos por influenciadores no “Programa de Afiliados”.

“O AliExpress deve respeitar suas obrigações de mitigar os riscos sistêmicos em sua plataforma e aplicar todas as provisões para garantir a segurança de seus serviços. A Comissão agora avaliará suas medidas e verificará sua conformidade com nossas regras”, afirmou a vice-presidente da Comissão para assuntos digitais, Margrethe Vestager, no comunicado.

Não há prazo legal para encerramento da investigação, cuja duração dependerá de diversos fatores, como a colaboração do AliExpress em conceder informações para a Comissão, diz o comunicado.

Com informações de Dow Jones Newswires.
Imagem: Shutterstock 

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