A chegada da frente fria é capaz de motivar compras de artigos de inverno, tais como jaquetas, casacos, botas, acessórios e roupas de cama (cobertores, mantas e edredons). Se somada ao fato de que há uma demanda represada, por conta do fechamento do comércio em função da pandemia, a expectativa é positiva entre as empresas do varejo de moda associadas à Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX)
Segundo o diretor-executivo da ABVTEX, Edmundo Lima, o inverno mais rigoroso é sempre bom para o varejo de moda. “As temperaturas mais baixas que atingem principalmente as regiões Sul e Sudeste do País aumentam a atratividade dos produtos, especialmente em datas comemorativas, como o Dia dos Namorados”. De acordo com o executivo, as vendas do Dia das Mães já foram impactadas positivamente por este fator.
Na mais recente pesquisa do IEMI – Inteligência de Mercado, o cenário é favorável para o varejo de moda devido à intenção de compra para a coleção Outono/Inverno. Cerca de 7 a cada 10 brasileiros pretendem comprar roupas de frio. O levantamento mediu a aderência e a intenção de compra de produtos de vestuário nesta coleção envolvendo 1.200 entrevistados com mais de 18 anos de todas as regiões do País. Do total de participantes, 73% pensam em comprar itens da coleção Outono/Inverno.
Gasto médio de R$ 288,97
Considerando os 73% dos consumidores que pretendem comprar, o IEMI aponta que o gasto médio destes consumidores com roupas na coleção Outono-Inverno será de R$ 288,97. Entre os consumidores que pretendem comprar roupas da coleção Outono-Inverno, 78% pertencem à classe B e 78% têm entre 35 e 44 anos. O estudo também mostra que 76% das mulheres afirmam positivamente, já entre os homens são 67% os que pretendem comprar, e 81% dos consumidores residentes na região Sul confirmam a intenção de compra, enquanto no Sudeste são 77%.
O trimestre junho, julho e agosto representa uma parcela considerável das vendas dos artigos de inverno. O segundo semestre é um período importante para o varejo nacional, quando se concentram as maiores vendas em função do Dia dos Pais, da coleção de Verão, Dia das Crianças e Natal.
A ABVTEX reúne 25 redes de varejo nacionais e internacionais, contemplando mais de 100 marcas que comercializam vestuário, calçados, acessórios de moda e artigos têxteis para o lar.
Força do varejo de moda online
Um estudo recente realizado pelo Dafiti Group e pela WGSN Mindset braço de consultoria WGSN, aponta que o varejo digital de moda deve continuar ganhando força nos próximos meses, mas precisa desenvolver ferramentas que criem uma experiência de compra mais próxima da presencial. A criação de jornadas que despertem o interesse do consumidor o uso de Realidade Aumentada, por exemplo, pode ser caminhos interessantes.
As lojas físicas, por seu lado, serão redimensionadas para permitir um distanciamento maior entre as pessoas e aumentar a integração digital. Deverão ser espaços mais inspiracionais e acolhedores, que transmitam segurança e conforto. Após a pandemia, os consumidores devem passar menos tempo dentro das lojas e interagir menos com os produtos.
A análise aponta, ainda para uma mudança no perfil dos influenciadores, que passam a ser figuras de autoridade, criadores de conteúdos de impacto, que usam suas plataformas para promover mudanças reais na sociedade. O destaque será dado cada vez mais para a qualidade e a relevância do conteúdo, não apenas quantidade de seguidores.
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