Pesquisa aponta os impactos na jornada de compra dos brasileiros em tempos de Covid-19

Pesquisa aponta os impactos na jornada de compra dos brasileiros em tempos de Covid-19

Nesta semana, a Mind Shopper apresentou em conjunto com a Abradilan, os principais insights de uma pesquisa inédita e exclusiva, sobre as emoções sentidas e vivenciadas pelos consumidores brasileiros no que diz respeito à ida ao ponto de venda (PDV) e, sobretudo sobre a nova dinâmica de compras. O estudo aponta quais os caminhos que os distribuidores devem seguir no que diz respeito à orientação de seus clientes, para que farmácias e drogarias realizem a melhor prestação de serviços possível.

Os desdobramentos estão voltados às novas expectativas em relação às compras, elementos racionais e emocionais que influenciam as escolhas, diversificação de canais, inputs e forecast das indústrias, revisão e ajustes na parametrização dos estoques, negociações comerciais para ajudar a viabilização os preços, orientação e venda consultiva (o que comprar, quanto comprar, como trabalhar o trade mix) e outras oportunidades, como e-commerce e canais digitais.

“Com certeza o coronavírus desconstruiu alguns hábitos e pede adaptações importantes. Então, quanto mais nos unirmos em busca de conteúdo de qualidade e relevância, mais fortalecidos estaremos para enfrentar os novos desafios, que têm sido diários”, diz a sócia fundadora da Mind Shopper, Alessandra Lima. Ela revela que ter um olhar sob a experiência do consumidor mostra o que afeta diretamente a atuação do distribuidor.

Entender o impacto da pandemia na jornada de compra dos consumidores e, consequentemente, nos canais que que ele faz suas compras, é importante. “A gente está falando, cada vez menos, de canal de compra e, cada vez mais, em ambiente de varejo. Falamos tanto do físico quanto do digital”, pontua.

É um consenso que fazer compras deixou de ser algo automático, prazeroso e que fazia parte da rotina do dia a dia dos brasileiros. Essa ação traz uma experiência inédita ao shopper. Hoje, ele pisa na loja, realiza a compra exatamente do que necessita e sai. Ao chegar em casa precisa se higienizar e higienizar os itens comprados, fato que causa muito desconforto, irritação e cansaço. “Essa experiência passa a ser muito diferente do que a gente estava habituado e, detalhe, de um dia para o outro. Embora estivéssemos acompanhando a trajetória do vírus ao redor do mundo, quando de fato chegou ao Brasil, não estávamos 100% preparados”, comenta Alessandra.

Sentimentos como confusão e estresse são observados, mas o que predomina são a ansiedade e o medo. As pessoas estão com a sensação de insegurança; falta de controle frente às incertezas; medo de adoecer e de perder as pessoas próximas; medo de perder os meios de subsistência; e da demissão. A executiva revela que tudo isso está diretamente relacionado à falta de expectativa com o que vem depois. “Não há uma linha de horizonte para saber quando a pandemia vai acabar, qual é o desdobrando disso.”

Outro fator de preocupação é o econômico e de que forma o bolso da população e dos empresários é impactado. Retração do Produto Interno Bruto (PIB), alta do dólar, queda da bolsa, desemprego aumentando cada vez mais, retração na produção industrial, somam um conjunto de fatores que realmente atestam que se se de um momento crítico e é preciso se reinventar para continuar.

Sendo assim, qual é o papel de quem está na linha de frente das vendas? Qual o novo papel do vendedor? Sai um vendedor que era muito mais tirador de pedido, que tinha uma atuação de reabastecimento e passa a figurar um vendedor mais consultivo. “Isso é uma oportunidade e um caminho sem volta. É um ganho, surge com cada vez mais força um consultor de vendas, que deixa de vender um produto para oferecer uma solução, deixa de tirar um pedido para oferecer uma proposta de valor e acima de tudo, é colaborativo.”

Fornecer informações para que o cliente possa gerir o seu negócio como um todo é um diferencial do distribuidor, pois ao desenvolver o cliente, ajudando-o a prosperar, as vendas aumentam e todo mundo fica com lucro em cima da mesa, que é a principal busca dentro de uma relação comercial.

Diante do novo comportamento de consumo da população, o distribuidor pode auxiliar o varejista nos seguintes pontos:

* Imagem reprodução

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