O Mercado Pago vai limpar os nomes de mais de 1 milhão de clientes na primeira etapa do Desenrola, o programa de renegociação de dívidas criado pelo governo federal. O número se refere a clientes que tenham dívidas de até R$ 100 com a empresa financeira, controlada pelo Mercado Livre.
Na atual etapa do Desenrola, os bancos e instituições financeiras podem limpar os nomes de clientes que tenham débitos de até R$ 100, o que permite que eles voltem a contrair crédito caso não tenham outras dívidas em cadastros restritivos. A dívida não é perdoada.
Ainda de acordo com o Mercado Pago, em uma segunda etapa, os clientes poderão renegociar dívidas através do aplicativo, com descontos de até 95%, pagamento em até 60 meses e juros a partir de 1,99% ao mês.
Essa renegociação também é parte da atual fase do Desenrola, em que os bancos podem renegociar as dívidas de clientes com renda mensal entre dois salários mínimos e R$ 20 mil. Como incentivo, ganharão créditos fiscais de mesmo valor dos descontos concedidos aos clientes.
“O Mercado Pago celebra estes primeiros resultados que possibilitam essas pessoas a voltarem à atividade econômica, passo importante para organização das finanças”, diz a fintech, em nota.
Salto nas negociações de dívidas
A Serasa divulgou nesta terça-feira, 25, dados que mostram um salto nas negociações de dívidas em suas plataformas na primeira semana do Desenrola Brasil, o programa lançado pelo governo para retirar brasileiros que estão com nome negativado em cadastros de crédito.
No total, 231,9 mil negociações com bancos foram intermediadas pelo Serasa Limpa Nome desde a segunda-feira da semana passada, dia 17, quando começaram a valer as duas primeiras etapas do programa, até o último domingo (23). Na comparação com a terceira semana cheia de junho – de 19 a 25 -, esse número de negociações representa um crescimento de 62%. Frente à semana imediatamente anterior de julho – de 10 a 16 -, a alta nas negociações foi de 47% no aplicativo e site da Serasa, que fazem a conexão entre empresas e pessoas que buscam negociar dívidas.
Com informações de Estadão Conteúdo (Matheus Piovesana)
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