O consumo dentro do lar apresentou o maior patamar de crescimento histórico e o fora de casa superou o pré-pandemia pela primeira vez. Entre o primeiro semestre de 2022 e o mesmo período deste ano, houve alta de 9,8% em unidades em ambos os momentos. As informações fazem parte do levantamento Consumer Insights 2023, produzido pela Kantar.
Fora do lar, a conveniência e o hábito ganham força no consumo – a conveniência, que tinha 26% das ocasiões no primeiro semestre de 2022, passa a ter 29% no mesmo período de 2023; já o hábito, que tinha 9% das ocasiões, passa a ter 12%. Dentro de casa, por sua vez, o destaque fica para a busca pelo sabor, que, de 19% das ocasiões, passou a ocupar 25% delas.
Somando o consumo dentro e fora do lar, foi observado um crescimento total de 9,8% em unidades, puxado principalmente pelas categorias de indulgência. Os produtos mais consumidos são refrigerantes (+2,4%), chocolates (+1,7%) e biscoitos e bolachas (+1%).
Insights do consumo fora de casa
O consumo fora de casa retoma acompanhado de gastos que crescem acima da inflação. Entre o primeiro semestre de 2022 e o mesmo período deste ano, houve alta de 28% no valor e de 3,8% em unidades.
Diversas alavancas influenciaram a volta desse consumo. Entre elas, destacam-se a contribuição das camadas mais altas (aumento de 6,2% em unidades adquiridas pelas classes A e B), o retorno da rotina matinal (café da manhã cresce 36% em ocasiões) e o compartilhamento de refeições (alta de 14%).
A omnicanalidade se tornou realidade também no consumo fora do lar. No primeiro semestre de 2023, 63% dos brasileiros utilizaram oito ou mais canais. O número era de 39% no primeiro semestre de 2020.
Consumo dentro do lar
O consumo dentro de casa cresce à medida que o carrinho de compras avança. Na comparação entre o primeiro semestre de 2022 e o mesmo período deste ano, notou-se alta de 20% em valor e de 9,3% em unidades.
O fechamento do primeiro semestre de 2023 é marcado por maiores gastos com Alimentos Perecíveis (+4,2% em valor na comparação com o mesmo período do ano passado), Higiene e Beleza (+3,6%) e Mercearia Doce (+3,4%).
Todas as classes sociais contribuem para a aceleração do consumo – com destaque para unidades no médio prazo, com 9,3% de variação. Também buscam, principalmente, por marcas econômicas, que apresentaram alta de 12,3% em unidades.
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