A Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein anunciou a criação de uma frente de aceleração de startups voltada à educação que tenham como foco a saúde. Por meio da Eretz.bio, ecossistema de inovação do Einstein, será oferecido um programa sem participação acionária, com duração de 24 meses, para apoiar o desenvolvimento de novas tecnologias por meio de mentorias, capacitações, validações e conexões. Nele, as startups incubadas têm a possibilidade de aplicar suas tecnologias no Ensino Einstein.
A aceleração de edtechs por uma instituição de ensino é inédita no país. “Ao lançar esse braço, o Einstein amplia as suas atividades de inovação, conectando pilares importantes como saúde e educação, capazes de impactar positivamente ambos os setores. Queremos que essas startups usufruam de todo o ecossistema rico que construímos ao longo dos anos e possam desenvolver soluções conectadas ao propósito de oferecer educação de qualidade e formar profissionais capazes de liderar transformações reais no país. Há muito potencial no Brasil”, explica Sidney Klajner, Presidente do Einstein.
Muito além do campo acadêmico, Klajner enaltece os campos operacional e de uso de dados, que também podem ser beneficiados. “Assim como na saúde nós temos o prontuário eletrônico. Em ensino nós temos os learning management system e as plataformas de registros acadêmicos, que permitem acompanhar a experiência do usuário. Com tantos dados à disposição, existe um enorme potencial de melhoria de ofertas de serviços e na ampliação deles”, explica.
De acordo com o presidente do Einstein, as principais apostas de tendência para a educação são inteligência artificial, gamificação, soft skills e humanização do aprendizado. “O Brasil tem um mercado muito promissor para educação, tanto básica quanto superior. E, em um mercado competitivo, é comum que empresas busquem o uso de tecnologias capazes de proporcionar aprendizagem significativa, daí a importância das startups da área”, destaca.
A expectativa positiva em relação ao setor se baseia no cenário brasileiro de inovação em educação. Em 2021, segundo um estudo da plataforma Distrito, as edtechs brasileiras captaram R$ 2,8 bi, volume 700% maior do que no ano anterior. Um levantamento de 2022 da ABStartups aponta que são mais de 800 edtechs no Brasil.
A tecnologia funciona como aceleradora e viabilizadora em todas as áreas e, na educação, isso não é diferente. No aspecto acadêmico, é possível oferecer uma aprendizagem completa e mais atraente, e até mesmo fomentar produtos e serviços que só são possíveis em virtude da existência tecnológica. “A tecnologia e a inovação permitem repensar o modelo educacional, dando mais autonomia ao aluno e mais ferramentas para os professores e instituições. Algumas tendências de mercado vieram para ficar, como o EAD, possibilitando o aluno estudar como e onde quiser”, finaliza Klajner.
Com informações de Mercado&Tech
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