O crescimento das plataformas de streaming, além do uso de mídias digitais, está moldando a forma como os brasileiros consomem conteúdo esportivo. Cerca de 48% deles têm nas redes sociais como canal favorito para acompanhar eventos como as Olimpíadas e a Copa do Mundo, entre outras competições. No entanto, existem aqueles mais tradicionais que ainda preferem os canais de TV aberta, sendo esse formato o líder entre as preferências, com 65%.
Os dados são do estudo Faces do Esporte, realizado pela MindMiners, e apontam que os canais fechados e as plataformas de streaming aparecem em terceira e quarta posições, com 38% e 31%, respectivamente.
“O desejo da MindMiners com esse estudo é fazer com que pessoas e empresas enxerguem as oportunidades por trás do esporte, muito além do futebol e de seus jogadores. É possível direcionar suas estratégias de marketing e escolher outra modalidade para patrocinar, assim como atletas não óbvios. Basta só explorar a fundo este vasto universo e o gosto dos brasileiros para pegar carona em conexões e preferências que já estão ali, mas que não estão no radar da maioria das marcas”, comenta a CMO da MindMiners, Danielle Almeida.
O avanço tecnológico ampliou as opções e a acessibilidade para os fãs do esporte, permitindo que o consumo de conteúdo se tornasse ainda mais dinâmico e personalizado.
Diversidade de opções
Os dados do estudo refletem a diversidade de opções que os consumidores têm à disposição, destacando como as diversas plataformas, como redes sociais e streaming, influenciam a maneira como a prática esportiva é consumida, especialmente entre as gerações mais jovens. A interação direta com atletas, a possibilidade de acompanhar bastidores e a oferta de conteúdos exclusivos fazem com que essas plataformas ganhem cada vez mais relevância neste cenário.
No que diz respeito às mídias digitais, 73% dos brasileiros afirmam preferir utilizar o YouTube para acompanhar os jogos e partidas de suas modalidades favoritas, enquanto 59% optam pelo Instagram e 34% pelo Facebook, evidenciando como a disciplina esportiva está mais inserida no cotidiano digital das pessoas, onde a velocidade da informação e a interatividade são fatores decisivos para o engajamento do público.
Geração Z
O interesse e o engajamento da geração Z nas Olimpíadas foram os menores em comparação com as demais gerações. Conforme a pesquisa da MindMiners, apenas 48% dos jovens afirmam gostar do evento e 28% o acompanham com frequência. O Comitê Olímpico Internacional (COI) teme o fim das Olimpíadas se os jovens não se sentirem realmente atraídos pelo evento.
A inclusão de modalidades como skate nas Olimpíadas pelo COI, por exemplo, foi uma tentativa de alcançar esse público jovem. No entanto, os esportes mais interessantes para acompanhar, selecionados de maneira geral entre os entrevistados, são vôlei, futebol, natação e ginástica, nesta ordem de importância. Modalidades como basquete, saltos ornamentais, skate, tênis e handebol também despertam o interesse da geração Z.
“Se o interesse dos jovens continuar a cair, as Olimpíadas podem enfrentar um grande desafio em se manterem relevantes. A inclusão de atividades mais atrativas para a nova geração, como o skate, surfe e break dance, são essenciais para garantir a continuidade deste evento histórico”, explica Danielle.
Com informações de Mercado&Tech.
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