Em um espaço de 1.300 metros quadrados, a H&M vai abrir sua primeira loja no Brasil no Shopping Iguatemi, em São Paulo, no segundo semestre de 2025. A varejista também aproveita o momento para inaugurar seu e-commerce.
Com mais de 5.000 unidades espalhadas por 74 países, a H&M abriu sua primeira loja na América Latina no México em 2012, e hoje também está presente no Peru, Uruguai, Chile, Colômbia, Equador, Guatemala, Panamá e Costa Rica. O Chile é o país da região com maior número de lojas hoje – são 29 no total.
O mercado brasileiro vem sendo estudado pela marca há anos e os planos iniciais para o País haviam sido anunciados em 2023. A ideia é que a história da H&M aqui seja diferente daquela traçada por outras marcas de moda que vieram para o Brasil e acabaram saindo pouco tempo depois.
“Temos um mapeamento estratégico e bem estudado de expansão. O ritmo vai depender dos resultados. Se tudo sair como o esperado, em menos de dois anos devemos chegar em todas as regiões do País”, disse a CFO da empresa no Brasil, Maria Fernanda de Luca, na 9ª edição do Latam Retail Show 2024, principal evento B2B de varejo e consumo da América Latina, realizado pela Gouvêa Experience, de 17 a 19 de setembro, no Expo Center Norte, em São Paulo.
A chegada da H&M em solo brasileiro acontece em parceria com a Dorben Group, outra empresa varejista. A parceria permitirá que ambas as empresas aproveitem ao máximo o potencial do mercado nacional, combinando suas forças, recursos e experiências.
“É uma honra e um privilégio para nós firmar esta parceria com a H&M no Brasil, fortalecendo assim nosso relacionamento existente com um líder na indústria da moda. Essa colaboração permitirá que ambas as empresas alavanquem suas forças, recursos e experiência únicas para liberar o incrível potencial do mercado brasileiro”, comenta Mehdi Beneddine, presidente do Dorben Group.
Planos de expansão
A chegada da H&M ao Brasil está sendo planejada há mais de 2 anos, com equipes estudando a concorrência em todas as regiões. Nesse período, realizou uma série de estudos aprofundados sobre a concorrência em todas as regiões do Brasil. Analisou, ainda, a complexidade da logística num país de dimensões continentais.
Diferentemente do que foi planejado inicialmente, de importar todas as peças, algumas categorias de produtos serão produzidas no Brasil, além de collabs com parceiros locais. “Quando eu entrei, a previsão era que tudo fosse importado. Ao longo do tempo, vimos que é inviável. Teremos algumas categorias de produto com produção local e com parceiros, já que a empresa tem no DNA collabs com designers de todo o mundo”, destaca Maria Fernanda.
A ideia é que a história da H&M aqui seja diferente daquela traçada por outras marcas de moda que vieram para o Brasil e acabaram saindo pouco tempo depois. “Respeitamos a complexidade do Brasil e não estamos vindo para cá para nos aventurar. Estudamos o mercado da América Latina há dez anos. O Chile e a África do Sul cabem dentro do Brasil. A capilaridade do País foi um dos pontos de nossos estudos”, disse Augusto Krambeck, responsável pela área de Recursos Humanos da empresa no País.
“Esta é uma excelente notícia para os shoppings, porque amplia as opções de ancoragem em um momento em que algumas redes importantes estão em dificuldades. Vai ainda aumentar a competitividade no segmento de moda e, provavelmente, elevar a concentração neste setor“, observa Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da Gouvêa Malls.
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