Esperada pelos consumidores por conta dos preços especiais, a Black Friday deste ano terá menos itens promocionais, principalmente pela falta de componentes e matérias-primas causada pela pandemia. Assim como em anos anteriores, um dos focos da data será o setor de eletroeletrônicos.
Mesmo com a alta nos preços, 79% dos consumidores pretendem fazer compras no período. Segundo a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), a produção da indústria elétrica e eletrônica sofreu sua terceira queda consecutiva em agosto, de 3%, por conta das dificuldades na aquisição de componentes. Se comparado com o mesmo período do ano anterior, a produção do setor caiu 6,7%.
Segundo um estudo feito pela GfK, consultoria mundial que utiliza data analytics para trazer novas estratégias, apesar da cautela com os preços, 87% das pessoas pretendem gastar o mesmo ou até mais do que no ano passado.
“Os consumidores veem na Black Friday uma oportunidade para comprar um item de desejo ou fazer a troca de um aparelho mais antigo por um moderno”, afirma Fernando Baialuna, diretor de Negócios e Varejo da GfK.
Importância do figital
A consultoria destaca ainda a importância da jornada do consumidor que, apesar de uma migração para o online, as vendas na modalidade figital – fusão das vendas no ambiente físico e digital – devem ser levadas ainda mais em conta.
“Itens como smartphones, TV e linha branca ainda são muito fortes no comércio tradicional, já que o consumidor tem a necessidade de vivenciar a experiência com o produto”, explica Baialuna.
A pesquisa também indicou que a Black Friday deve ter uma maior duração neste ano e com ações promocionais ao longo de todo o mês de novembro. Essa técnica é conhecida como “pulverizar” descontos e já vem sendo utilizada há alguns anos no Brasil. A estratégia tem como objetivo trazer mais confiança para os clientes com descontos por períodos mais longos.
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