O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, durante abertura da reunião com os governadores, que o Executivo não deixará de discutir com os chefes locais sobre as perdas de ICMS geradas pela lei aprovada durante a gestão Bolsonaro. “Questão do IMCS está na cabeça de vocês desde que foi aprovado. Podemos acertar, podemos dizer o que pode ser feito, o que não pode, mas não vamos deixar de discutir nenhuma coisa com vocês”, afirmou Lula nesta sexta-feira, 27.
Ele destacou também que o governo quer colher na reunião quais são as prioridades de investimento de cada governador em seus Estados. “Vocês sabem, não temos o orçamento que desejávamos ter. Orçamento foi feito pelo governo anterior (…) Queremos compartilhar com os governadores a responsabilidade de repartir o sacrifício das obras”, disse.
O presidente ainda voltou a afirmar que quer construir uma nova relação entre os entes federativos e o governo federal, superando divergências que possam surgir nas eleições. “Uma nova relação, que o Brasil volte a normalidade, conversar não é proibido, se queixar não é proibido. E não tem sentido que o presidente da República vá a um Estado e não visite o governador, prefeito, por divergências no processo eleitoral. Depois que você ganha as eleições, vira governante e precisa ter comportamento minimamente civilizado”, disse.
Governo de São Paulo
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quinta-feira, 26, que os Estados devem ter uma posição convergente sobre essencialidade da gasolina, compensação das perdas geradas pela lei que impôs um teto na cobrança do ICMS sobre bens essenciais e clareza do que entra na Tarifa de Utilização do Sistema de Distribuição (TUSD) para efeitos de aplicação da alíquota do imposto estadual na tarifa de energia
Com informações de Estadão Conteúdo: (Amanda Pupo, Eduardo Gayer, Sofia Aguiar e Iander Porcella)
Imagem: José Cruz/Agência Brasil