Empresas aéreas ganharam R$ 6,5 bilhões em renúncia fiscal em 2021

Do total de 23 mil empresas beneficiadas que tiveram seus nomes divulgados pela Receita, a Petrobras está em primeiro lugar, com R$ 29,5 bilhões em renúncias.

Empresas aéreas ganharam R$ 6,5 bilhões em renúncia fiscal em 2021

A Gol, a Latam e a Azul receberam R$ 6,5 bilhões em renúncias fiscais em 2021, de acordo com dados liberados na última quinta-feira, 25, no Portal da Transparência do governo federal. A Gol, que passa agora por um processo de recuperação judicial nos Estados Unidos* para renegociar R$ 20,3 bilhões em dívidas, recebeu R$ 1,8 bilhão em desonerações do Fisco.

A companhia área que recebeu mais benefícios foi a Latam, com R$ 3,7 bilhões. Em terceiro lugar está a Azul, com R$ 949 milhões.

Do total de 23 mil empresas beneficiadas que tiveram seus nomes divulgados pela Receita, a Petrobras está em primeiro lugar, com R$ 29,5 bilhões em renúncias. A Vale vem em seguida, com R$ 19,2 bilhões. Juntas, as duas empresas representam 22,6% do valor total que o governo deixou de recolher.

Os dados mostram R$ 215 bilhões em valores renunciados por meio de desonerações tributárias e incentivos no ano-calendário 2021 (ou seja, informações declaradas no exercício de 2022). O tributo federal que o governo mais deixou de recolher no período foi a Cofins, seguido pelo IRPJ, Imposto de Importação, IPI, PIS e CSLL.

Além das renúncias e benefícios, o portal também mostra mais de 260 mil pessoas jurídicas, como empresas, ONGs e igrejas, consideradas imunes e isentas.

*RJ nos EUA

O diretor-executivo da Gol Linhas Aéreas, Celso Ferrer, afirmou que o pedido de recuperação judicial que a empresa apresentou à Justiça dos Estados Unidos na última quinta-feira, 25, não afetará os voos, clientes e funcionários da empresa.

“Nada do que estamos fazendo vai ter qualquer impacto para os agentes de viagem ou para nossos passageiros”, declarou Ferrer ao conversar com jornalistas, na tarde desta quinta-feira, 25, pouco após a Gol tornar pública a decisão de recorrer à justiça norte-americana.

Com informações de Estadão Conteúdo (Lavínia Kaucz)
Imagem: Shutterstock

Sair da versão mobile