A expectativa dos bares e restaurantes para o Carnaval é positiva, e os dias de folia devem contribuir para o lucro no setor: 81% devem abrir durante os dias da festa e, dentre esses, 75% esperam faturar mais que em 2023 (enquanto 20% esperam faturar o mesmo e apenas 5% esperam faturar menos). Os dados foram divulgados em uma pesquisa da Abrasel realizada com 1.878 empreendedores.
O levantamento indicou que a média de aumento no faturamento esperado é de 15% em relação ao ano passado e 17% em comparação a um fim de semana normal.
A data comemorativa é vista com diferentes graus de importância entre os estabelecimentos. 33% dos entrevistados que vão abrir no Carnaval dizem que a data é extremamente importante/muito importante no faturamento. Para 24% é mais ou menos importante, para 25% é pouco importante e 18% dizem que o impacto da data não é importante.
“O cenário de queda da inflação e dos juros, aliado ao aumento no número de empregos, cria um ambiente propício para um Carnaval mais lucrativo para bares e restaurantes. A união desses fatores impulsiona o poder de compra dos consumidores e contribui para nos fazer acreditar em um Carnaval com crescimento no setor”, afirma Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.
Menor número de empresas em prejuízo
Em 2023, a taxa de estabelecimentos operando sem fazer lucro foi de 18% – menor número desde outubro de 2022. 34% ficaram em equilíbrio e 48% tiveram lucro (5% a mais em relação a novembro do mesmo ano).
Quanto ao endividamento das empresas, 40% dos estabelecimentos do setor têm contas em atraso. Dessas, 70% devem impostos federais, 45% impostos estaduais, 39% empréstimos bancários, 30% encargos trabalhistas e previdenciários, 26% serviços públicos (água, gás, energia elétrica), 23% taxas municipais, 20% devem a fornecedores de insumos e 19% estão com o aluguel atrasado.
“O que ainda representa um desafio para o setor são as dívidas, que seguem afetando o dia a dia de boa parte das empresas. Apesar da melhoria no faturamento, ainda há dificuldade dos empreendedores em conseguir quitar as contas atrasadas, adquiridas durante o período mais crítico da pandemia”, afirma.
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