As autoridades da União Europeia (UE) têm o prazo de até 7 de junho para aprovar ou não a aquisição do banco Credit Suisse pelo UBS.
Braço executivo da UE, a Comissão Europeia informou que a notificação foi feita na quarta-feira, dia 26.
A informação foi publicada no site de política de competição da Comissão Europeia.
Cade aprova ato de concentração
O despacho pela aprovação está publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 26. A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou ato de concentração entre o UBS Group AG e o Credit Suisse Group AG.
Segundo parecer do Cade, como resultado da operação, o UBS pretende assumir a integralidade dos negócios do Credit Suisse, por meio de uma incorporação, em que o UBS será a entidade sobrevivente, que continuará operando.
Após a conclusão do contrato o Credit Suisse será a entidade incorporada que deixará de existir.
Fechamento do acordo
Após um fim de semana de intensas negociações, o UBS anunciou a compra do Credit Suisse por 3 bilhões de francos suíços, US$ 3,25 bilhões, neste domingo, 19. A combinação dos dois arquirrivais suíços vai resultar em um banco com mais de US$ 5 trilhões em ativos totais espalhados pelo mundo.
O histórico negócio foi costurado às pressas nos últimos dias para estancar a crise do Credit Suisse, que ganhou novo capítulo na semana passada, elevando as tensões em relação ao setor bancário, após três bancos fecharem as portas nos Estados Unidos em dias.
“Esta aquisição é atraente para os acionistas do UBS, mas, sejamos claros, no que diz respeito ao Credit Suisse, este é um resgate de emergência”, disse o presidente do conselho de administração do UBS, Colm Kelleher, em comunicado à imprensa sobre a aquisição.
De acordo com ele, a transação estruturada vai preservar o valor deixado do Credit Suisse, mas limitará a “exposição negativa” do UBS após as crises enfrentadas pelo banco adquirido. Os negócios de banco de investimento combinados representam aproximadamente 25% dos ativos ponderados pelo risco do grupo, uma das áreas questionadas por investidores pela parte do banco adquirido.
O UBS espera que a combinação dos dois negócios gere reduções de custos anuais de mais de US$ 8 bilhões até 2027. Segundo a instituição suíça, a expectativa é de que a transação gere lucro por ação até 2027 e o banco “permaneça capitalizado” bem acima de sua meta de 13%.
Com informações de Estadão Conteúdo
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