Os consumidores brasileiros estão planejando gastar mais na Black Friday deste ano, que acontecerá em 24 de novembro. Segundo o Relatório de Tendências da Black Friday, do Olist, ecossistema especializado em soluções de e-commerce para PMEs, 50% dos consumidores pretendem gastar mais de R$ 500 na campanha, muito em marketplaces. Realizado com 1.600 entrevistados, o estudo será apresentado nesta quinta-feira, 27, no Fórum E-Commerce Brasil, no Transamérica Expo Center, zona sul de São Paulo.
*Confira ao final do texto podcast exclusivo com Alexandre Clein, diretor Comercial do Olist
O estudo aponta que a escolha dos canais de venda pode trazer um grande diferencial para os resultados: 73% dos lojistas vão apostar nos marketplaces para potencializar suas vendas; 41,7% vão investir no e-commerce próprio; 29,2% vão usar as redes sociais para alavancar os resultados, enquanto o interesse de vender via loja física é de 20,6%.
“Trabalhar em marketplaces tem muitos benefícios. Você consegue expandir para vários canais, sem ficar dependente de uma fonte única. E hoje, diferentemente de 5 ou 10 anos atrás, são várias as opções de marketplaces no Brasil. Outro benefício é que você não precisa investir tanto em mídia. Basta ter produto bom, ser competitivo e conseguir entregar rápido. Então acaba dependendo só do lojista”, revela Alexander Clein, diretor Comercial do Olist.
Já entre os consumidores, 45% dos clientes pretendem fazer suas compras em grandes sites, como Mercado Livre, Americanas e Amazon, e 22,2% preferem a loja física.
“A expectativa para a Black Friday é altíssima entre consumidores. Por isso, se destacar em um período tão concorrido exige que as marcas invistam em experiências de compra memoráveis do início ao fim. Seja em marketplaces, e-commerce ou loja física, a estratégia para a campanha deve ter os clientes – suas necessidades – no centro”, afirma Sandra Montes, CMO do Olist.
A segunda edição da pesquisa também identificou que o investimento em plataformas de e-commerce é cada vez maior entre quem quer vender mais. O número de lojistas com site próprio passou de 34,4%, em 2022, para 66,3%, em 2023, um crescimento de 92,7%. O uso de ERP cresceu 62,4%, PDV (ponto de venda) teve alta de 290% e hub de integração aumentou 215%.
“Quem não está se adequando, acaba perdendo o trem. Não se adequar significa não ter uma experiência igual na loja física e na loja digital. Significa não conseguir sincronizar o estoque entre os diversos canais de venda. Significa não ter inteligência para saber qual sortimento trazer e a quanto precificar. O mercado hoje tem um arsenal de ferramentas para vários tipos de dor do varejo. E se não se atualizar, vai perder o trem da tecnologia”, alerta Clein.
Os lojistas também sinalizaram que se preocupam com os problemas que as vendas online podem ter: 12,9% temem sofrer com atrasos na entrega dos seus produtos, enquanto 6,7% se preocupam com as reclamações no pós-venda.
Entre os meios de pagamento, 63,4% dos lojistas pretendem incentivar o uso cartão de crédito. O Pix vem na sequência, com 38,1%, e o cartão de débito, 13,4%.
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Colaboraram Larissa Féria e Gustavo Grohmann
Imagem: Shutterstock