Indenizações por seguradoras somam R$ 202 bi de janeiro a outubro, alta de 6,8% em 1 ano

Apenas em outubro, os pagamentos foram de R$ 21 bilhões, alta de 9,4% em relação ao mesmo mês de 2023

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As seguradoras brasileiras pagaram R$ 202 bilhões em indenizações, resgates, benefícios e sorteios entre os meses de janeiro e outubro deste ano, de acordo com a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). O número é 6,8% maior que o do mesmo período do ano passado.

O ano foi marcado pelas enchentes no Rio Grande do Sul, em maio, que levaram o setor de seguros a pagar R$ 6,1 bilhões em indenizações até o começo de dezembro. O número não considera os resseguros associados a esses contratos.

Apenas em outubro, os pagamentos foram de R$ 21 bilhões, alta de 9,4% em relação ao mesmo mês de 2023.

Nos dez primeiros meses deste ano, a arrecadação das seguradoras cresceu 13,1%, chegando a R$ 361 bilhões. Em outubro foram R$ 36,9 bilhões, alta de 11,9% no comparativo anual.

Entre janeiro e outubro, a linha de maior crescimento foi a do seguro prestamista, com alta de 22,5% na arrecadação. Depois, vêm os seguros marítimos e aeronáuticos, com alta de 22,2%, e os do tipo VGBL, que abrangem produtos de previdência privada.

Projeto de inovação da Susep cria novas seguradoras e mexe com as tradicionais

O projeto da Superintendência de Seguros Privados (Susep) para trazer novas seguradoras e inovações para o mercado chega à terceira edição com efeitos iniciais na primeira frente, e avanços importantes na segunda. Embora ainda formem uma fatia pequena do mercado, empresas participantes do programa abriram avenidas de crescimento antes inexploradas. Ao mesmo tempo, geraram um movimento de ondas que tornou as seguradoras mais tecnológicas.

O objetivo da Susep com o chamado sandbox regulatório é ampliar o acesso do brasileiro ao seguro, setor que tem uma participação na economia de 6% ao ano, abaixo de países desenvolvidos. O regulador criou um ambiente com regras de capital mais brandas para que novas seguradoras surjam e testem produtos que o mercado não oferece, seja pela inviabilidade em modelos tradicionais de distribuição ou pelo foco em um público que não compra seguros.

“No sandbox, a seguradora consegue testar o produto com base em exigências regulatórias mais flexíveis, e entra em nichos em que naturalmente as empresas de seguros não entrariam”, diz a diretora de Infraestrutura de Mercado e Supervisão de Conduta da Susep, Julia Normande Lins. O nome sandbox é emprestado do mundo da tecnologia, em que designa espaços de teste.

Com informações de Estadão Conteúdo (Matheus Piovesana).
Imagem: Shuterstock 

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