A empresa norueguesa de energia Equinor informou nesta segunda-feira, 28, que decidiu interromper novos investimentos na Rússia e iniciar o processo de saída de suas joint ventures russas após o ataque de Moscou à Ucrânia. A decisão segue o anúncio da gigante britânica BP, anunciado no domingo, de que sairá de sua participação de quase 20% na petrolífera russa Rosneft.
“Estamos todos profundamente preocupados com a invasão da Ucrânia”, declarou o presidente-executivo Anders Opedal, em comunicado divulgado no site da companhia. “Na situação atual, consideramos nossa posição insustentável”, acrescenta.
A Equinor pontuou estar na Rússia há mais de 30 anos, com um acordo de cooperação celebrado com a petrolífera russa Rosneft em 2012. A companhia norueguesa tem cerca de 70 funcionários no país, onde produz cerca de 25 mil barris de óleo por dia.
No final de 2021, a Equinor tinha US$ 1,2 bilhão em ativos não circulantes na Rússia. “Esperamos que a decisão de iniciar o processo de saída de joint ventures na Rússia afete o valor contábil dos ativos russos da Equinor e leve a prejuízos”, destacou a empresa.
No comunicado, a Equinor disse que mantém contato próximo com as autoridades da Noruega, União Europeia, Estados Unidos e outros países e continuará a cumprir quaisquer novas sanções relevantes para suas operações.
Suspensão de atividades
Na semana passada, a trading de commodities agrícolas Archer Daniels Midland (ADM), dos Estados Unidos, disse que parou de operar suas instalações na Ucrânia em resposta a protocolos de segurança e diretrizes governamentais. A empresa, com sede em Chicago, afirmou que está monitorando o potencial impacto financeiro do conflito Rússia-Ucrânia.
Segundo um porta-voz da empresa, a ADM emprega mais de 630 pessoas nessas instalações, que incluem uma planta industrial de esmagamento de soja, um terminal de grãos, seis silos de grãos e um escritório comercial em Kiev
Com informações de Estadão Conteúdo (Dow Jones Newswires)
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