Setor público consolidado de 2023 segue em déficit de R$ 87,1 bi, projeta XP

Nas outras aberturas, de acordo com divulgação do Banco Central, o governo central registrou superávit de R$ 79,4 bilhões

Setor público

Apesar de considerar como “surpresa positiva” o desempenho dos governos regionais em janeiro (superávit de R$ 21,8 bilhões), a XP Investimentos manteve sua projeção de déficit de R$ 87,1 bilhões para o setor público consolidado em 2023. Para os governos regionais, a projeção da XP para o acumulado do ano é de déficit de R$ 3,1 bilhões, puxado pela perda de arrecadação com Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

“Desde a alteração do ICMS no ano passado, os resultados dos estados e municípios apresentaram tendência de queda, refletindo perdas na arrecadação”, afirma o economista da XP Thiago Sbardelotto, em nota. “Apesar dessa queda estar sendo compensada por outros tributos, como o IPVA, tendemos a acreditar que isso não vai sustentar as receitas dos estados ao longo do ano”, acrescenta.

Nas outras aberturas, de acordo com divulgação do Banco Central, o governo central registrou superávit de R$ 79,4 bilhões, enquanto as empresas estatais acumularam déficit de R$ 2,2 bilhões em janeiro. Os resultados levaram a um superávit de R$ 99,013 bilhões no setor público consolidado do mês, dentro das estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast, que iam de R$ 61,70 bilhões a R$ 101,00 bilhões, com mediana em R$ 86,15 bilhões.

Na avaliação da XP, as contas de janeiro significaram uma “queda importante” para a trajetória da dívida pública do país, mas que não deve ser mantida para o restante do ano. “Isso deve se reverter nos próximos meses à medida que a arrecadação desacelera e o governo amplia os gastos. Esperamos que a dívida bruta do governo geral atinja 77% do Produto Interno Bruto (PIB) no final do ano”, explica Sbardelotto.

Com informações de Estadão Conteúdo: (Daniel Tozzi Mendes)

Imagem: Shutterstock

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