Os consumidores brasileiros estão preocupados com o cenário econômico e com a inflação, mas sempre incluem a compra de snacks no orçamento. Além disso, eles consomem snacks duas vezes ao dia, entre almoço e jantar.
Essas são algumas das conclusões do quarto relatório “State of Snacking”, estudo global de tendências de consumo que examina como consumidores tomam decisões sobre snacks e é realizado anualmente pela Mondelēz International.
Desenvolvido em parceria com a The Harris Poll, o relatório examina milhares de consumidores entrevistados em 12 países. O relatório traz desafios econômicos atuais que estão influenciando as escolhas alimentares em todo o mundo.
No Brasil, os snacks desempenham um papel importante no bem-estar emocional dos consumidores, com 83% dizendo que, em tempos difíceis, eles buscam por pequenas recompensas, como o chocolate. Além disso, 70% acreditam que chocolate é “único e essencial”, com sabor e indulgência que não são encontrados em nenhum outro snack.
Indulgência e conexão
Segundo o “State of Snacking”, 75% dos consumidores relatam que sempre encontram espaço para os snacks em seu orçamento. O índice é maior, de 82%, entre a Geração X, formada pelos nascidos entre 1965 e 1981.
Os consumidores brasileiros consomem snacks regularmente para se mimar ou se recompensar (80%) e para obter uma sensação de conforto (76%). Além da indulgência, conexão é fundamental: 80% compartilham momentos de snack com sua família pelo menos 1 vez por semana.
Outra conclusão é que os brasileiros buscam por inovação: 77% ficam entusiasmados quando encontram um novo snack para experimentar. Embora a descoberta de snacks ainda aconteça na loja, 74% dos consumidores dizem que a mídia social os inspirou a experimentar um novo snack no ano passado, especialmente entre a Geração Z, formada pelos nascidos entre 1990 até o início do ano 2010 (83%).
Necessidades nutricionais
O estudo mostra, ainda, que 86% dos consumidores acreditam que os snacks devem atender a diferentes necessidades nutricionais para pessoas diferentes. A maioria diz que verifica os rótulos nutricionais dos snacks antes de comprá-los e que isso faz com que se sintam mais informados (80%).
Dos entrevistados, 89% consomem snacks como fonte de energia; 98% consomem para se sentirem mais satisfeitos, felizes e realizados; 61% consomem para terem momentos de conexões com outras pessoas. Além disso, 64% afirmam ser menos restritivos em seus hábitos alimentares do que no passado e 74% buscam por snacks em porções controladas.
A preocupação com o planeta é real e consumidores brasileiros se dizem dispostos a pagar mais por snacks que sejam melhores para o meio ambiente, mas o bolso apertado ainda não permite
76% dos consumidores afirmam que pagariam mais por snacks que são melhores para o meio ambiente (83% na Geração Z).
De acordo com o relatório, 77% pagariam mais por ingredientes de origem ética; 86% dizem que gostariam que mais snacks tivessem embalagens biodegradáveis e 70% alegam priorizar snacks com menos embalagens plásticas.
Imagem: Shutterstock