Liderar é bem diferente de ter poder de mando. Exercer a liderança tem mais a ver com inspirar outros. Da admiração e do reconhecimento podem surgir engajamento espontâneo – e muito mais eficaz – quando se trata de ambientes executivos. Formado por profissionais de alta performance e bastante críticos, em geral, as companhias se veem desafiadas a estimular transformações que julgam necessárias na postura de suas equipes ou na condução de projetos.
Por essa razão, o Banco Carrefour foi em busca de alternativas para treinar os seus profissionais e encontrou nos jogos corporativos de alto impacto uma ferramenta capaz de alinhar os objetivos da empresa às mudanças de mentalidade necessárias.
Foi com a incumbência de montar uma roda-gigante que o time de líderes da fintech realizou o primeiro treinamento com a ferramenta em 2022. Cerca de 35 superintendentes foram divididos em grupos, receberam o capacete de construtores e, diante de uma diversidade de peças e desafios, precisaram encontrar formas de entender o jogo, organizar a montagem e colocar o projeto em pé para fazê-lo rodar.
A escolha de palavras não é aleatória. A proposta dos jogos corporativos, desenvolvida por Daniel Ramirez, fundador do Grupo Azevedo Ramirez, é utilizar ferramentas lúdicas para auxiliar as empresas a identificar dificuldades e potenciais no trabalho realizado por seus profissionais, desde o planejamento de um projeto à sua execução.
Leonardo França Marques, consultor de Recursos Humanos da Escola de Negócios do Banco Carrefour, foi quem levou o jogo para ser aplicado com os superintendentes. Segundo ele, a vantagem do jogo corporativo é que os profissionais se envolvem com o ambiente criado, respondem aos estímulos da dinâmica e essa vivência revela os pontos que precisam ser melhor desenvolvidos para fortalecer lideranças e, em consequência, os objetivos da companhia.
“Na abertura do treinamento, o Ramirez já conecta a estratégia de ação. Todos os apontamentos que ele faz estão sintonizados com aquilo que alinhamos com ele antes da atividade”, destaca Marques. “Nunca vi alguém fazer um treinamento dessa forma”.
Os resultados dos colaboradores do Carrefour foram positivos e os jogos corporativos voltaram para mais dois treinamentos de equipes, sendo um deles com uma proposta diferente da liderança e para a qual foi usado o Caravelas.
Resultados
“Imediatamente, após o treinamento, observamos mais empatia das equipes. Os participantes levam as frases inspiracionais para o dia a dia e trazem exemplos delas”, afirma o consultor.
Mas é nos encontros com a equipe, posteriormente aos jogos, que Marques constata a transferência de conhecimento e a absorção dos aprendizados.
Para o executivo, o sucesso está relacionado não só à ferramenta, mas à maneira como o criador dos jogos se posiciona diante do público, com carisma e naturalidade. Nem mesmo os mais resistentes ficam de fora, conta Leonardo Marques.
“Ramirez tem muito conhecimento, é muito receptivo e consegue traduzir e conectar todos os sentidos da atividade com aquilo que esperamos”, conclui.
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