Com pandemia, cariocas concentram compras

Levantamento revela ainda que as compras têm sido solitárias e que os consumidores sentem segurança para fazer compras presencialmente

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Com a pandemia da covid-19, os consumidores do Rio de Janeiro concentraram as compras nos supermercados em um único dia. É o que revela uma pesquisa feita pela Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj) com cerca de 1.300 pessoas, entre os dias 22 e 25 de abril.

Segundo o levantamento, 84% dos entrevistados disseram que só vão ao mercado uma vez no mês. Outros 10% dos entrevistados preferem fazer compras duas vezes ao mês. O restante, 6%, afirma ir semanalmente.

“O consumidor que comprava aos poucos, ao longo do mês, mudou os hábitos e passou a concentrar tudo num único dia. Além da pandemia, muitos clientes buscam economia com essa medida”, diz o presidente da Asserj, Fábio Queiróz.

Isolamento social

A pesquisa mostrou também mudança do perfil de quem vai às compras: 60% dos entrevistados disseram que fazem as compras sozinhos, 36% têm um acompanhante e apenas 4% mantém o hábito de levar mais de 3 pessoas. “Sai a imagem da família inteira no mercado e entra a figura de um único cliente comprando para várias pessoas. É uma compra solitária, mas, importante num momento como esse”, completa Queiróz.

Digital

Apesar de os supermercados reforçaram o sistema de compras online e delivery para atender à demanda na pandemia, 96% dos entrevistados preferem comprar presencialmente. Apenas 4% disseram que compram pelos canais digitais.

Segundo o presidente da Asserj, a compra presencial é um hábito do consumidor, que também passou a procurar as entregas e, por isso, as lojas tiveram que se equipar, destacando uma área no depósito apenas para atender esse tipo de serviço e agilizar a chegada dos produtos aos consumidores.

Quando perguntados sobre a confiança nos protocolos de segurança contra a covid-19 nos supermercados, 88% disseram que se sentem seguros nas lojas. “Todos nós somos clientes. Quando vamos ao supermercado, buscamos por uma experiência de compra segura. Isso cria uma relação de confiança com o público, que se sente seguro em voltar outras vezes, diz Queiróz.

 

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