Brasileiros aumentam leque de marcas para consumo em tentativa de driblar altos preços

Estudo também evidenciou a busca por produtos dos próprios supermercados, que são de 15% a 25% mais baratos

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Atento ao cenário econômico, o consumidor brasileiro aumentou o número de marcas que consome. A estratégia tem o objetivo de contornar a alta nos preços observada nos supermercados e no bolso do trabalhador.

Refletindo a progressiva alta ao longo do trimestre, o arroz e o feijão apresentam aumento no número de marcas disponíveis nas gôndolas, segundo o Índice Nacional de Consumo dos Lares Brasileiros, com números do primeiro trimestre do ano, apresentado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O arroz foi de 65 para 68, em comparação com o mesmo período de 2022. O feijão apresentou crescimento de 67 para 71 marcas.

O estudo também evidenciou a busca por produtos dos próprios supermercados que têm, em média, diminuição de 15% a 25% nos preços. Algumas redes supermercadistas já reportam a presença de 50% desses itens na cesta de compras do brasileiro, que deseja manter o consumo dos alimentos sem gastar mais caro por isso.

“Grande parte da renda das famílias é direcionada para a alimentação. Temos observado que o consumidor está muito mais atento aos preços, fazendo pesquisas e comparações. Por outro lado, vemos os supermercados preocupados em oferecer alternativas com preços que cabem no bolso dele. Ou seja, o aumento no número de marcas está relacionado à chegada de opções regionais e seus valores”, explica Marcio Milan, vice-presidente da Abras.

Crescimento do consumo

O índice apontou alta acumulada de 1,98% no primeiro trimestre, número que reflete o abastecimento dos lares com produtos para a Páscoa e o pagamento adicional de R$ 150,00 por crianças de até seis anos para 8 milhões de famílias inscritas nos programas de transferência de renda do governo federal.

A maior variação do consumo no período foi registrada em março, com alta de 7,29% ante fevereiro. Na comparação com março de 2022, a alta é de 4,58%. A entidade prevê um crescimento de 2,5% do consumo nos lares brasileiros em 2023.

Imagem: Shutterstock

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