Venda de medicamentos em supermercados tem apoio de 2 em cada 3 brasileiros

Pesquisa mostra que 73% da população acredita que a medida traria mais praticidade à rotina

Venda de MIPs em supermercados tem apoio de 2 em cada 3 brasileiros, aponta Datafolha

Dois em cada três brasileiros querem que medicamentos isentos de prescrição médica (MIPs) voltem a ser vendidos em supermercados. O levantamento, realizado pelo Instituto Datafolha a pedido da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), mostra que 73% da população acredita que a medida traria mais praticidade à rotina, e 74% afirmam que não seria mais necessário manter estoques domésticos desses medicamentos.

Segundo o Datafolha, 88% dos brasileiros avaliam que os donos de farmácia estão mais preocupados com o dinheiro que podem perder com a venda desses tipos de medicamentos em supermercados — essa porcentagem representa cerca de 142 milhões de pessoas com 16 anos ou mais.

O debate ganha novo fôlego com a realização de duas audiências públicas na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal. A primeira já foi realizada, e a próxima está marcada para o dia 11 de junho, com a presença de representantes da Associação Brasileira dos Atacadistas de Autosserviço (Abaas), Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad) e Abras, que defendem a aprovação do Projeto de Lei 2.158/2023, de autoria do senador Efraim Filho (UNIÃO-PB). O projeto regulamenta a comercialização dos MIPs em supermercados, desde que haja a presença de um farmacêutico responsável técnico. A proposta tramita em caráter terminativo na comissão.

Além do apoio de 64% à liberação da venda nos supermercados, a pesquisa Datafolha também identificou que:

Abrafarma se posiciona contra

No começo do ano, a Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) se posicionou contra a proposta apresentada pela Abras, que defende a permissão para a venda de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) em supermercados como medida para combater a inflação. A entidade emitiu uma nota repudiando a iniciativa, destacando os riscos à saúde pública e os impactos econômicos no setor farmacêutico.

De acordo a Abrafarma, os medicamentos isentos de prescrição representam cerca de 30% das vendas das farmácias, e a proposta do governo, que está sendo estudada como uma estratégia para reduzir a inflação, pode causar um impacto econômico devastador, prejudicando desde grandes redes até pequenas farmácias.

Imagem: Envato

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