Santander aponta alta do uso de cartão virtual para compras no e-commerce

Crescimento foi de sete pontos porcentuais em um ano e de 13 pontos em relação a janeiro de 2021

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Em junho, cerca de 40% das compras com cartões no e-commerce foram realizadas com o uso de cartões virtuais, de acordo com levantamento do Santander Brasil em sua base de clientes. O banco, que chama esse produto de cartão online, afirma que o crescimento foi de sete pontos porcentuais em um ano, e de 13 pontos em relação a janeiro de 2021.

Os cartões virtuais são gerados para a utilização em plataformas online, geralmente com numeração e código de segurança distintos do cartão físico, o que reduz a chance de clonagem, por exemplo. No caso do Santander, cerca de 60% dos clientes habilitaram seus aplicativos para gerar o cartão online, segundo o banco.

“O aumento do uso do cartão só comprova que as pessoas perceberam esse diferencial. A modalidade tem um número diferente do físico e com um código de segurança (CVV) dinâmico, que muda de tempos em tempos e evita fraudes”, afirma Rogério Panca, diretor de cartões e pagamentos digitais do Santander.

A instituição afirma ainda que os clientes que mais acionam os cartões online têm menos de 40 anos, e residem nas regiões Sul e Sudeste.

Os bancos têm incentivado o uso do cartão virtual ou online por parte dos usuários. Além de reduzir as chances de roubo das informações, o cartão virtual contribui para fidelizar o cliente à instituição emissora, de acordo com análises de mercado.

Cartões e Pix

Recentemente, o diretor de Regulação do Banco Central, Otávio Damaso, afirmou que, apesar do sucesso do Pix, não vê deslocamento das operações com cartões para os pagamentos instantâneos. “As duas ferramentas continuam bastante utilizadas”, afirmou.

Na avaliação do diretor do BC, o que houve foi uma expansão de transações, com a facilidade propiciada pelo Pix, gerando uma maior inclusão no sistema financeiro. “Com a facilidade do Pix, houve mais um processo de inclusão do que de reacomodação.”

O diretor do BC ainda repetiu que o órgão vai usar as lições obtidas na implementação do Registro de Recebíveis de cartões para a próxima agenda desse tipo, a duplicata eletrônica.

Hoje, esses registros de comercialização de produto ou serviço são feitos em papel, o que traz mais riscos de fraude e, por isso, normalmente não são aceitos pelas instituições financeiras para liberar crédito. O Registro de Recebíveis teve problemas de conciliação de informações que, na prática, prejudicavam o objetivo de destravar concessões de crédito com base nessas garantias.

“Em várias iniciativas que o BC está tocando na parte de modernização de registro, duplicata eletrônica vai ser próximo grande salto”, disse. “Vai abarcar toda a economia brasileira, vai ser tudo digital, a conciliação vai ser mais fácil de ser feita”, completou.

Com informações de Estadão Conteúdo (Matheus Piovesana).
Imagem: Shutterstock

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