Felipe Feistler: “Já era esperado que o Brasil se tornasse um hub de produção local da Shein”

O general manager da varejista no Brasil foi um dos palestrantes do Fórum E-Commerce Brasil 2023

Shein

Após causar burburinhos no mundo varejista ao anunciar a parceria com o governo brasileiro para abrir 2 mil fábricas, gerar 100 mil empregos e investir cerca de R$ 750 milhões no país, a chinesa Shein ambiciona ainda mais metas.

Felipe Feistler, general manager da Shein no Brasil, foi um dos palestrantes do Fórum E-Commerce Brasil 2023. O evento foi realizado no Transamerica Expo Center, em São Paulo, entre os dias 25 e 27 de julho. Realizando o oposto a outras estrangeiras, a varejista iniciará sua produção no Rio Grande do Norte, em parceria com a fábrica da Coteminas.

“Já era esperado que o Brasil se tornasse um hub de produção local e exportação. O País tem uma boa inserção no continente e tem uma capacidade industrial muito grande. Estamos surfando na onda do nearshoring, ou seja, encurtando nossas cadeias de produção, e enxergamos o Brasil como um polo exportador para a América Latina”, explica.

A varejista on-line de moda planeja produzir localmente 85% dos itens vendidos no Brasil até 2026. A marca também criou seu marketplace, que começou a ser testado em 2022, direcionado para os vendedores locais. Lançado em maio, a plataforma já vendeu quase US$ 100 milhões e responde por um terço das vendas no País.

“O País é um dos cinco maiores compradores da Shein e se enquadra em um grupo de países com uma população muito grande e renda média razoável, então há forte demanda. Estamos abertos a novas possibilidades: se encontrarmos alguma coisa que o Brasil faz muito bem, muito barato, e que outros mercados globais gostariam de ter acesso, vamos explorar essa oportunidade”, afirma.

Imagem: Shutterstock

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