Os micro e pequenos empresários (MPEs) do varejo continuam com apetite de investir, mostra a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
Assim como em janeiro, os indicadores de fevereiro revelam que 41% desses empresários pretendem investir em seus negócios nos próximos três meses, alta de 8% em relação ao mesmo mês em 2018. Por outro lado, 38% não planejam fazer qualquer tipo de movimento nesse sentido e 21% ainda não sabem se o farão.
O indicador, que mede a propensão de investimento das MPEs, passou de 40,7 pontos em fevereiro de 2018 a 49,0 pontos em fevereiro de 2019, alta de 20%. Pela metodologia, quanto mais próximo de 100, maior a propensão para o investimento. Quanto mais próximo de zero, menor intenção.
Entre os empresários que devem investir, 55% objetivam elevar vendas, 30% buscam atender ao aumento da demanda e 26% querem adaptar a empresa às novas tecnologias. A principal finalidade para esses recursos será a compra de equipamentos (37%).
Em seguida, 25% buscam reformar a empresa e 19% ampliar seus estoques. Questionados sobre a origem dos recursos para investimento, 52% mencionam o capital próprio mantido na forma de poupança; 15% o capital próprio oriundo da venda de algum bem e 23% os empréstimos em bancos e financeiras.
Financiamento
A propensão dos pequenos em tomar crédito teve um leve recuo de 5% em relação a janeiro de 2019. Em fevereiro, o indicador que mede a demanda por crédito registrou 24,0 pontos contra 25,1 do mês anterior; e 20,0 pontos em fevereiro de 2018, o que significa um avanço de 20% ante 2018.
O empréstimo encabeça a lista de modalidades que devem ser contratadas, com 52% das menções. Em segundo lugar vem o financiamento (30%) e em terceiro o cartão de crédito empresarial (10%). As finalidades do crédito são o capital de giro (36%); a ampliação do negócio (30%) e a compra de equipamentos (29%).
O levantamento apontou ainda que 32% consideram o processo de contratação de crédito difícil ou muito difícil, enquanto 23% acham fácil ou muito fácil e 15% não consideram nem fácil e nem difícil.
Entre os que não pretendem contratar crédito, 45% alegaram que conseguem manter o negócio com recursos próprios, 37,1% mencionaram que no momento a empresa não tem necessidade e 23% consideram os juros elevados.
Questionados sobre os entraves para contrair crédito, 62% dos que consideram a contratação difícil apontam como principais problemas a burocracia e as exigências dos bancos. Para 43%, os juros altos são um grande impeditivo.
Já entre os que consideram fácil a obtenção de crédito, 54% citam o bom relacionamento com as instituições financeiras. Já 31% mencionam o fato de ter as contas em dia, enquanto 20% apontam o tempo de existência da empresa como item importante.
Fonte: DCI
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