O mercado de autocuidado masculino registrou crescimento no Brasil em 2024, representando 39% da expansão dos momentos de uso de produtos de cuidados pessoais no país, segundo estudo da divisão Worldpanel da Kantar. A procura por itens específicos para sinais de envelhecimento, como cabelos brancos, linhas finas e rugas, aumentou de 70% em 2023 para 72% no ano seguinte.
O estudo também aponta maior adesão dos homens a procedimentos estéticos profissionais. Tratamentos faciais atingiram 17% desse público, um crescimento de três pontos percentuais em um ano, enquanto a depilação facial com cera alcançou 7%, com alta de um ponto percentual. O uso de botox foi registrado em 2% dos homens entre 35 e 44 anos.
O aumento do interesse por procedimentos estéticos reflete também na frequência de uso de produtos faciais. Homens que realizam botox demonstram adesão 2,5 vezes maior a itens como hidratantes e tônicos faciais.
No autocuidado doméstico, categorias como proteção solar e hidratantes para os olhos triplicaram em volume de consumidores nos últimos cinco anos. Outras categorias, incluindo body splash, corretivo para olhos, sabonete íntimo, produtos para unhas, esfoliante corporal, pó facial, máscara facial e hidratante para os pés, dobraram as ocasiões de uso.
O mercado de proteção solar movimentou um tíquete médio de R$ 48 entre homens que compram um único item por ano, totalizando aproximadamente R$ 2,4 bilhões em faturamento.
O conceito de preguiça terapêutica surge como uma evolução do autocuidado, transformando o ato de passar longos períodos na cama em um ritual de cura e indulgência. Produtos como roupas de cama sensoriais, cosméticos noturnos que melhoram a saúde da pele e dos cabelos e ambientes projetados para o relaxamento lideram essa tendência.
Os dados são do Painel de Uso da divisão Worldpanel da Kantar, que monitora o comportamento de 150 milhões de indivíduos em todo o Brasil.
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