A Mastercard fez um investimento de US$ 300 milhões (cerca de R$ 1,7 bilhão) no negócio de pagamentos transfronteira (cross border) da empresa norte-americana Corpay. A compra equivale a uma fatia de cerca de 3% do negócio.
Com a transação, a operação é avaliada em US$ 10,7 bilhões (R$ 60,4 bilhões). Esse valor representa 20 vezes o Ebitda estimado para o futuro.
Por causa do acordo, as instituições financeiras que são parte da rede da Mastercard e seus clientes poderão acessar opções de pagamentos internacionais, com ou sem cartões. Isso valerá para todos os valores de transação, de acordo com a empresa americana.
Gestão de risco cambial e soluções de pagamento
Por causa da parceria, a Corpay terá exclusividade na oferta de gestão de risco cambial de grande monta para clientes das instituições ligadas à Mastercard. O mesmo vale para e soluções de pagamentos transfronteiras. Por outro lado, a Corpay oferecerá programas de cartões virtuais com a bandeira para seus clientes.
Além disso, o serviço Move, da Mastercard, será oferecido a um espectro mais amplo de pequenas e médias empresas em novos mercados, incluindo os clientes existentes da Corpay.
O vice-presidente de Pagamentos Comerciais da Mastercard, Raj Seshadri, afirma, em nota, que a operação é “uma extensão natural” das soluções de pagamento internacional da empresa. “Nosso trabalho com a Corpay expande nosso alcance no amplo e em crescimento espaço dos pagamentos internacionais entre empresas.” Ele destaca, ainda, que isso ajuda as instituições parceiras a servir às necessidades de pagamentos sem cartão de seus clientes comerciais “de forma eficiente”.
“Esperamos que o suporte da Mastercard às nossas soluções de pagamentos internacionais acelere nossa geração de receitas entre instituições financeiras”, afirma o CEO da Corpay, Ron Clarke.
A Mastercard vê nos pagamentos entre empresas a próxima fronteira de crescimento. Isso porque eles terão impacto tanto no mundo quanto no Brasil. Além disso, essa vertente de negócios também deve aumentar a prestação de serviços de valor agregado, além de ampliar volumes processado.
Com informações de Estadão Conteúdo (Matheus Piovesana).
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