Muito se fala do novo normal e os novos comportamentos do consumidor, que tudo mudou e que a retomada está logo ali. O que as empresas realmente sabem sobre estes novos comportamentos e o que estão fazendo efetivamente para atravessar essa jornada do isolamento? Não é possível prever como será esta retomada e dizer quais categorias vão sofrer menos ou por menos tempo. Imaginar que tudo voltará a ser igual era antes ou que exista um caminho único para o sucesso na retomada é uma utopia.
Uma matéria recente dizia que grandes empresas em Nova York como Barclays, JP Morgan Chase, Nielsen, Halstead e Morgan Stanley devem adotar o home office como algo permanente para a maioria dos seus funcionários. Esta decisão deverá impactar o mercado imobiliário e o varejo que atende aos colaboradores dessas empresas que não irão com a mesma frequência aos escritórios. O mesmo deve acontecer no Brasil e em outros países. O que fazer com a mão de obra ociosa desses negócios que dependiam exclusivamente dos espaços físicos para sobreviver?
Há muitos exemplos de adaptações que estão surgindo por todos os lugares. São medidas que podem significar uma mudança de paradigma na forma como estas categorias se apresentam ao mercado. Um desses exemplos é o setor hoteleiro, um dos mais atingidos pela pandemia e que provavelmente terá impacto negativo mais duradouro nos seus negócios. A rede de hotéis Accor, presente em 110 países, aproveitou-se da alta vacância em seus hotéis e lançou um novo formato de hospedagem, o room-office. A iniciativa é pioneira no Brasil e transforma os quartos livres no espaço ideal para o home-office.
Outro exemplo é a proliferação de marketplaces, que buscam auxiliar pessoas e negócios afetados pela crise. Um exemplo emblemático é o Parceiro Magalu, do Magazine Luiza, onde autônomos podem se tornar empreendedores virtuais, criando lojas próprias para vender produtos do Magalu, ganhando comissão sobre as vendas. A mesma plataforma também permite aos comerciantes não conectados, que tiveram seus espaços físicos fechados, criarem seus próprios e-commerces utilizando toda a estrutura financeira e de logística da Magalu para auxiliar suas vendas.
A Shop2gether, do grupo Icomm também inovou criando a (2)Collab, que é o primeiro marketplace de moda independente do país. Diferentemente do Parceiro Magalu, as marcas novas ou já existentes vão utilizar as suas próprias estruturas de logística e vão se beneficiar principalmente da vitrine e curadoria do grupo de moda de luxo, com seus milhares de visitantes diários em seu site e redes sociais.
Ainda é cedo para afirmar que essas iniciativas já deram ou darão resultados, mas mostra que há caminhos abertos para a criatividade, o pioneirismo e a solidariedade. Muitas iniciativas foram potencializadas e aceleradas pela pandemia. Somente o tempo dirá quais caminhos serão mais curtos para o sucesso na retomada.
NOTA: Com a missão de analisar, desenvolver, inovar e agregar valor a marcas e negócios de forma visionária, estratégica e efetiva, a Mosaiclab se une ao Grupo GS& Gouvêa de Souza, um inovador ecossistema de negócios, para fortalecer o setor de inteligência de mercado e pesquisas.
Essa fusão irá enriquecer as pesquisas já realizadas pela unidade de inteligência do grupo, a GS&Inteligência, e contará com um time completo e preparado para realizar pesquisas de alta complexidade a partir de conhecimento em múltiplas áreas, capacidade de treinamento e geração de conteúdo.
Tendências e crescimento; novos drivers de consumo; jornada e experiência; força competitiva; além de inovação e transformação estão entre os pilares que conduzem a Mosaiclab.
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