Carrefour planeja a conversão das lojas do Grupo Big

Companhia vai usar experiência com as unidades Atacadão em sua bandeira de atacarejo

O setor de varejo tem visto um movimento acelerado de fusões e aquisições nos mais diversos setores: de moda (com a união da Hering ao Grupo Soma, dono da Farm) aos calçados (com o retorno da MyShoes pelas mãos da Arezzo) e passando também pelo setor de alimentos (no qual o gigante francês Carrefour comprou outra empresa do “top 10” do varejo nacional, o Grupo Big, antigo Walmart). Apesar de a operação ainda estar sob análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o Carrefour já planeja a conversão das lojas de sua mais recente incorporação.

Depois de comprar um “pacote” de pontos de venda do Makro, em outro movimento de aquisição recente, o Carrefour conseguiu converter rapidamente as lojas em unidades Atacadão, sua bandeira de atacarejo. “A experiência com Makro nos deixa otimistas com o Big”, disse o presidente do grupo Carrefour no País, Noel Prioux, que está de saída do cargo.

No entanto, na visão de Roberto Müssnich, presidente do Atacadão, o processo de conversão das novas bandeiras adquiridas do Grupo Big será diferente – e, provavelmente, bem mais difícil. “As lojas do Makro estavam fechadas, as do Big, não estão. Vamos ter de trocar o pneu com o carro andando”, disse o executivo.

Avanço no atacarejo

O Carrefour quer fazer com que o Big venda mais e traga um fluxo maior de clientes a seu banco, parte importante do quebra-cabeças da companhia no Brasil. O País é hoje o maior mercado da varejista fora da França, com 45 milhões de clientes, número que subirá para 60 milhões com o novo parceiro.

De cara, o Carrefour ganha musculatura no atacarejo, segmento que tem puxado o faturamento e os lucros das grandes redes do setor nos últimos anos. As 49 lojas do Maxxi, o atacarejo do Big, serão convertidas em Atacadão, e parte dos hipermercados Big terá o mesmo destino.

Com informações de Estadão Conteúdo

Imagem: Reprodução

Sair da versão mobile