Movimento nas lojas cresce 9,7% em dezembro na comparação com 2020

Apesar disso, fluxo de consumidores teve queda forte, de 24,2%, ante 2019

O fluxo médio diário de clientes em lojas acumulado no mês de dezembro está com elevação média de 9,7% no comparativo com 2020, de acordo com dados da empresa de gestão estratégica Virtual Gate. Quando considerado o período pré-pandemia, no entanto, a queda ainda é grande: de 24,2% na comparação com 2019.

A semana do Natal registrou aumento 17% de fluxo de clientes nas lojas em relação a 2020 na média e queda de 10% na comparação ao resultado de 2019. Para a Virtual Gate, o resultado confirma a máxima que diz que o brasileiro deixa tudo para a última hora. A curva foi mais positiva que a verificada nas análises de sazonalidades anteriores, como Black Friday e Dia das Mães.

Movimento nas lojas cresce 9,7% em dezembro na comparação com 2020
Fonte: Virtual Gate

Todos os segmentos analisados pela Virtual Gate permanecem com queda de fluxo em relação a 2019, seja na visão período acumulado (28 dias), seja na semana natalina. Quando comparado ao ano passado, o resultado de quatro dos cinco segmentos analisados apresentam recuperação, com destaque para as lojas de Perfumaria e Cosméticos, com elevação de quase 30% no período e quase 20% na semana da sazonalidade.

Apenas o setor de Material de Construção e Home Center permaneceu em queda em todas as visões. Isso se explica pelo fato de que esse foi o segmento que mais cresceu em 2020 e agora o movimento das lojas vem registrando queda.

A base do estudo da Virtual Gate conta com mais de 1.900 lojas, adotando a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) na sua versão mais atual (2.0).

Black Friday e Natal

As lojas físicas reviram as projeções para o Natal deste ano depois que um dos eventos mais esperados pelo varejo, a Black Friday, que aconteceu em 26 de novembro, teve um resultado aquém do esperado. Segundo dados da Virtual Gate, o fluxo de clientes nas lojas físicas cresceu apenas 1,6% na Black Friday de 2021 em relação ao ano passado, bem abaixo da estimativa de 6% a 10%. Se comparado com 2019, ano anterior à pandemia, houve uma queda de 41,7%.

“Os números do varejo físico foram uma decepção. Considerando que no ano passado ainda era um período mais restrito de funcionamento e aglomeração, estávamos com uma expectativa de crescimento de 6% a 10% neste ano, já que as semanas que antecederam a Black Friday vinham com um crescimento de 6%”, afirmou, na ocasião, Heloísa Cranchi, CEO da Virtual Gate.

Imagem: Shutterstock

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