Para CEO da Constance Calçados, empresas com medo de inovar não têm chance de sobreviver

Cássio Noronha

A Constance Calçados, maior rede de self shoes do Brasil, que busca incentivar a versatilidade feminina e abraça todos os estilos e gostos, como não seria diferente, também está sentindo os efeitos da crise. Com 15 anos de mercado, 153 lojas e planos [interrompidos] de fechar o ano com 200, a rede tem se reinventando.

Para Cássio Noronha, CEO da marca, o problema social que virá depois da pandemia deve ser muito maior. Segundo ele, as pessoas não estão preparadas para enfrentarem as dificuldades. “Este é um momento de sobrevivência. Quem sair lá na frente deve sair muito mais fortalecido”, e coleta “é preciso ser ágil no planejamento e nas ações. Se errar, conserta e segue em frente”.

Noronha conta que algumas lojas já estão abertas e operando dentro das normas exigidas para garantir a saúde e bem-estar dos colaboradores e clientes. Ele explica que a empresa criou um comitê de crise para tentar minimizar os estragos e manter a saúde do negócio.

“Assumimos todas as negociações das lojas para que pudéssemos conseguir condições interessantes para os franqueados e fizemos, infelizmente, uma redução no nosso quadro de colaboradores”, explica o empresário que disse que as lojas voltaram com apenas 50% do faturamento comparado ao mesmo período de 2019.

Perguntado sobre os investimentos em tecnologia, Noronha destacou sua operação do e-commerce que, segundo ele “era uma área da empresa que estava em ‘banho maria’ até então”. Ele acredita que que a compra pela internet será um caminho sem volta. “Há grande probabilidade de o e-commerce ganhar mais espaço e as empresas precisam ter o seu estruturado, com foco no cliente e no omnichannel, gerando oportunidades para as lojas e equipes de vendas.

Ainda sobre o e-commerce, Noronha alerta sobre a necessidade das lojas em vender mais pela internet e a preocupação que esse comportamento pode gerar nas lojas físicas. “O e-commerce vai crescer, sem dúvidas, mas isso pode afetar diretamente as lojas físicas e a indústria de shopping centers”, conclui.

* Imagem divulgação

Sair da versão mobile