Vamos até o consumidor?

Estamos vivendo um momento de consumo onde as atitudes, os hábitos e as necessidades dos consumidores estão em um acelerado ritmo de mudança. O varejo, por sua vez, tem o desafio constante de se adaptar a esses novos comportamentos e, na outra ponta, a indústria vive sob a pressão para conseguir atender as necessidades dos consumidores e ainda as expectativas do varejo. Nas próximas linhas você entenderá por que a maioria das indústrias quer estar mais próxima do consumidor neste novo processo de vendas.

O consumidor está no poder

Eles decidem quando, onde e como eles querem realizar a compra ou receber seu produto. Qualquer um hoje em dia tem acesso a todo tipo de informação, a qualquer momento e lugar. Em cada relação de consumo cresce a expectativa sobre a experiência de compra. Por fim, os consumidores modernos buscam pela conveniência em todos os canais, tornando-os menos fiéis às suas marcas.

Com esse cenário, o consumidor não quer simplesmente comprar. Ele quer ter uma experiência de compra simples, em que seja fácil encontrar o que se quer, sem barreiras ou dificuldades, que se estabeleça uma relação de confiança e transparência nos contatos diretos com o varejo.

Oportunidades para ir até o Varejo

A oportunidade para ir direto até o consumidor é latente. Seja através de uma loja física ou pelo mundo digital ou na eficiente combinação dos dois mundos, desenvolvendo uma estratégia Omnichannel.

Tendo o contato direto com seu consumidor final, a indústria passa a conhecê-lo melhor, analisando de perto seus novos hábitos e se ajustando a essa nova realidade – informação que hoje fica na mão do varejo ou dos institutos de pesquisa. Ao colocar seus produtos diretamente nas suas prateleiras, a indústria testa inovações, expõe sua linha completa, tem maior controle sobre preços e margens dos produtos no mercado. Ao estabelecer esse novo canal de distribuição, a indústria torna-se mais independente do varejo, ao mesmo tempo em que deve desenvolver a habilidade de gerenciar novos conflitos.

Empresas como Apple e Nespresso criaram e fortaleceram suas marcas através de lojas que reforçam o posicionamento de suas histórias. A primeira é o benchmarking de dez entre dez empresas que querem desenvolver novo formato de loja. Já o design moderno e cada detalhe de exposição de suas cápsulas, torna a visita à loja da Nespresso uma experiência sensorial completa. 

Conheça a Loja Apple na Union Square (EUA)

O mercado brasileiro continua forte o suficiente para acomodar diversos formatos. Alguns anos atrás, a Tramontina inaugurou sua primeira loja conceito no Casashopping (RJ) e hoje expande seu modelo e já conta com mais cinco lojas que, além de expor sua linha completa de produtos, desenvolve workshops de culinária e presta serviços de instalação dos equipamentos da marca.

 

tramontina

 

O ambiente digital também é uma forma rápida e eficiente de chegar até o consumidor final. No mercado internacional, gigantes como Procter&Gamble estão sendo desafiadas por novas marcas que nascem digitais.

A startup Dollar Shave Club vende assinaturas de lâminas de barbear e trocou as grandes lojas de varejo por distribuição direta ao consumidor via digital. Foi comprada pela gigante Unilever por US$1 bilhão para fazer frente à hegemonia da Gillette.

Como a Dollar Shave Clube se comunica com seus consumidores

https://youtu.be/_snSbq4NUe0

As novas empresas têm um profundo conhecimento sobre o consumidor, gerado pela íntima relação desenvolvida no ambiente digital.

Antes de chegar até o varejo, porém, a indústria deve responder questões estratégicas. Novos processos são desenvolvidos em todas as áreas, deve-se adquirir experiência em gestão de operações varejistas e se planejar financeiramente visando longo prazo. Exemplos de sucesso não faltam, assim como aqueles que não respeitaram os desafios que o varejo carrega em sua essência.

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