Renner abre, no Rio de Janeiro, primeira loja circular do varejo brasileiro

Unidade foi projetada com materiais e produtos mais sustentáveis e tem experiência digital e interativa

O Rio de Janeiro é o local escolhido pela Renner para apresentar ao público a primeira loja circular do varejo brasileiro, em 30 de outubro. Para esta iniciativa pioneira, a marca desenvolveu um novo modelo de infraestrutura física baseado na omnicanalidade e na economia circular, conceito que associa o desenvolvimento ao melhor uso de recursos, priorizando insumos mais duráveis e renováveis.

A loja fica no shopping Rio Sul e foi totalmente reformada, consolidando a estratégia de sustentabilidade executada nos últimos anos pela maior varejista de moda omni do país. A Renner pretende inaugurar uma segunda loja circular também na cidade do Rio, em Jacarepaguá, no primeiro semestre de 2022.

“Assumimos o desafio de desenvolver no Brasil um projeto de loja até então inexistente no mercado e que mostra o que acreditamos ser o caminho para o varejo do futuro. A novidade está totalmente alinhada com a nossa sólida jornada ESG, que traz a moda responsável no topo desta equação”, explica o diretor presidente da Lojas Renner, Fabio Faccio.

De acordo com a diretora de Operações, Fabiana Taccola, o objetivo é se tornar referência em circularidade no varejo: “O novo espaço vai potencializar a experiência do consumidor com iniciativas inovadoras, digitais e mais sustentáveis, pilares que norteiam o desenvolvimento do nosso negócio”, ela conta.

Impacto ambiental reduzido

Da concepção até a operação, a nova loja do Rio Sul foi desenhada considerando premissas de circularidade para diminuir ao máximo seu impacto ambiental, através da redução de consumo de matérias-primas na reforma. Só em aço estrutural, por exemplo, a Renner deixou de usar 8,5 toneladas. Foram priorizados materiais mais sustentáveis, reciclados e recicláveis. A meta era reaproveitar 75% dos resíduos gerados na obra, mas o desafio foi superado, já que 97% desses resíduos não foram destinados a aterros, sendo que grande parte foi reciclada e serviu de insumo em outra cadeia produtiva.

A loja é abastecida por energia renovável e de baixo impacto, originada de fonte eólica. Também é mais eficiente no uso de energia. A emissão de CO2 equivalente evitada na construção e operação da loja, em um cenário de 20 anos, corresponde à restauração de uma área de 1,5 hectare de Mata Atlântica. É como se a Renner plantasse 3 mil árvores no Parque Nacional da Tijuca e as mantivesse por duas décadas. Com isso, o espaço deve alcançar uma redução de 24% no seu potencial de aquecimento global.

A unidade ainda tem pegada hídrica reduzida. No dia a dia da loja, o consumo de água será cerca de 56% menor em comparação a empreendimentos com padrões construtivos tradicionais. Isso vai gerar uma economia de mais de 420 mil litros ao ano, o que equivale ao consumo de sete pessoas neste período.

Para conscientizar sobre sustentabilidade, haverá painéis de LED e placas explicativas distribuídas pelo local, com QR codes que vão guiar os clientes dentro do universo de moda responsável da Renner. Na loja, os consumidores também poderão saber mais sobre as matérias-primas dos produtos, os processos produtivos e a história das coleções. Até mesmo quem está fora do RJ terá a oportunidade de conhecer tudo por meio de um tour virtual, que vai mostrar os diferenciais do local.

A unidade abriga o primeiro Espaço Re, ambiente exclusivo dedicado às iniciativas de sustentabilidade da marca. Lá haverá uma seleção de peças com o Selo Re, que geram menor impacto ambiental em sua produção, e um coletor do Ecoestilo, serviço de logística reversa pós-consumo da Renner que dá uma destinação correta a embalagens e frascos de itens de perfumaria e beleza e peças de roupa em desuso. Outro destaque será um espaço do Repassa, plataforma de revenda de vestuário, calçados e acessórios, que integra o ecossistema de moda e lifestyle da Loja Renner S.A., reforçando a sua estratégia de circularidade.

A loja apresenta um novo conceito de arquitetura, seguindo os preceitos das certificações internacionais LEED e BREEAM. Uma grande mudança é a fachada, mais permeável e transparente, permitindo maior visualização entre o exterior e interior. A vitrine segue o mesmo conceito, aberta e integrada, mudando a maneira de comunicar moda ao cliente. O ambiente interno conta com biofilia, que preza pelo uso de plantas e elementos naturais para trazer mais bem-estar aos usuários. Além disso, a área de provadores foi redesenhada para qualificar a experimentação, com um lounge e cabines individuais mais inclusivas.

Todo o mobiliário da loja do Rio Sul foi desenvolvido de forma mais sustentável desde a origem, privilegiando o uso de materiais recicláveis e diminuindo a quantidade de materiais utilizados. Houve uma redução de 37% na quantidade de MDF, além da eliminação no uso de vidro e pinturas, por exemplo.

Renner abre, no Rio de Janeiro, primeira loja circular do varejo brasileiro

Loja potencializa jornada omnichannel

A experiência do novo modelo de loja também foi pensada para dar visibilidade à estratégia omnichannel da Renner e qualificar o relacionamento com os clientes por meio da tecnologia. Toda a jornada foi repensada para melhorar e potencializar as soluções que façam mais sentido para os usuários, evoluindo as experiências oferecidas na loja. Quem circular pelo local terá diferentes canais para acessar produtos e serviços. Um exemplo são os totens que levam ao catálogo digital completo do estoque omni da marca.

A ideia é elevar ao máximo o protagonismo dos consumidores, trazendo ainda mais autonomia à jornada de compra. Para isso, haverá um aumento de mais de 60% no número de caixas de autoatendimento à disposição dos clientes, assim como nos dispositivos de Venda Móvel, operados por colaboradores para finalizar a venda em qualquer ponto da loja.

Ciclo positivo para fornecedores e comunidade

O projeto da primeira loja circular do Brasil nasceu em 2019. Desde então, a Renner fez um intenso processo de pesquisa e desenvolvimento para concretização do projeto, em um trabalho colaborativo com uma série de parceiros.

Para garantir que as premissas de circularidade fossem atendidas em todas as etapas de reformulação da loja do Rio Sul, a Renner ampliou seu programa de conformidade para qualificar e apoiar os fornecedores envolvidos no projeto frente aos desafios socioambientais. A iniciativa nasceu para desenvolver a cadeia, por meio de treinamentos específicos sobre processos e tecnologias aderentes aos conceitos de sustentabilidade e economia circular. “A nossa proposta é gerar impacto positivo a partir de tudo que fazemos e isso não seria diferente neste novo conceito de loja”, comenta Fabio Faccio.

O impacto positivo é estendido à comunidade. O Instituto Lojas Renner, braço social da varejista, está desenvolvendo uma série de ações que fomentam o desenvolvimento local. Entre os destaques está o Varejo Plural, iniciativa que capacitou profissionalmente 28 pessoas de grupos minoritários diversos, para atuar tanto nesta loja como em outras varejistas brasileiras. Outra ação é o projeto que ofereceu capacitação em costura a dezenas de mulheres migrantes de regiões periféricas do Rio, buscando sua empregabilidade, por exemplo, conectando-as ao aplicativo SOS Costura, que oferece serviços de reparo e customização de peças, contribuindo para o aumento do ciclo de vida das roupas.

Coleções especiais com atributos de sustentabilidade

No que se refere à oferta de produtos, a nova loja do Rio Sul irá abrir as portas com o lançamento de três novas coleções-cápsulas do Selo Re produzidas com matérias-primas e/ou processos de menor impacto.

Entre os destaques está uma nova edição de Re Jeans, o jeans com conceito ecofashion que vem ganhando cada vez mais atributos e representatividade dentro da marca; a coleção Studio Marfinno, com calçados feitos de lonita sustentável com sola de palha de arroz e peças com tingimento natural em tecidos reciclados, linho certificado e viscose e algodão responsáveis; e a cápsula Algodão Orgânico, com opções femininas, masculinas e infantis feitas a partir do algodão cultivado e colhido de forma artesanal e sem uso de agrotóxicos.

Sustentabilidade na Lojas Renner S.A

O novo modelo de loja circular representa mais um passo na evolução da Lojas Renner em sua estratégia de moda responsável, que orienta os esforços para que a Companhia alcance padrões mais sustentáveis e geradores de valor em sua cadeia de fornecedores, nos processos produtivos, na operação de lojas, no relacionamento com colaboradores, comunidades e clientes e nos produtos e serviços oferecidos.

Desde 2014, as lojas da marca seguem padrões de responsabilidade ambiental guiados pela certificação internacional para construções sustentáveis LEED. Em 2016, a varejista passou a neutralizar 100% das suas emissões de CO2. Adicionalmente, vem ampliando o consumo de energia de fontes renováveis de baixo impacto, inclusive com recente anúncio do contrato com Enel Green Power, subsidiária brasileira de energia renovável do Grupo Enel, para compra de energia sustentável de parque eólico que abastecerá 100% da demanda de 170 lojas e do centro de distribuição que está em construção em São Paulo.

No que se refere à oferta de produtos, desde 2017, a marca comercializou cerca de 200 milhões de peças com o Selo Re, confeccionadas com matérias-primas como algodão e viscose responsáveis, fio reciclado, poliamida biodegradável e liocel, além de processos produtivos com menor uso de água.

Outra frente é o EcoEstilo, programa de logística reversa pós-consumo da Renner. Com dez anos de existência, a iniciativa já coletou cerca de 155 toneladas de itens descartados pelos clientes nas lojas, entre embalagens e frascos de itens de perfumaria e beleza e peças de roupa em desuso. Além disso, em 2021 a Lojas Renner realizou a aquisição do brechó online Repassa, com o objetivo de aumentar as possibilidades de serviços relacionados à circularidade, ampliando o ciclo de uso dos produtos.

Todas estas iniciativas e projetos têm como diretriz principal os compromissos públicos assumidos pela Lojas Renner para 2021: ter 80% dos produtos menos impactantes, sendo 100% do algodão certificado; suprir 75% do consumo corporativo de energia com fontes renováveis de baixo impacto; reduzir em 20% as emissões de CO2 em relação aos níveis de 2017; e ter toda cadeia nacional e internacional de fornecedores com certificação socioambiental.

Imagens: Divulgação

Sair da versão mobile