Contribuição em impostos pelos brasileiros chega à marca de R$ 3 trilhões

No comparativo com o mesmo período do ano passado, o Impostômetro havia registrado R$ 2,5 trilhões

Contribuição em impostos pelos brasileiros chega à marca de R$ 3 trilhões

As contribuições em impostos feitas pelos brasileiros alcançaram a marca de R$ 3 trilhões na próxima sexta-feira, 1º, segundo o Impostômetro, painel localizado na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no Centro Histórico da capital paulista.

O valor representa o total de impostos, taxas e contribuições pagos pelos contribuintes brasileiros aos governos federal, estadual e municipal desde o início do ano, incluindo multas, juros e correção monetária.

No comparativo com o mesmo período do ano passado, o Impostômetro havia registrado R$ 2,5 trilhões, valor esse que já havia sido registrado pelo Impostômetro ainda em setembro deste ano.

Para este ano, o crescimento apresentado foi de 20%. Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, explica que esse aumento foi registrado 54 dias mais cedo do que no ano passado. O crescimento é atribuído à elevação da atividade econômica e ao impacto da inflação e à reintegração do PIS e Cofins sobre os combustíveis.

Pagamento de impostos

O contribuinte brasileiro trabalhou, até o dia 28 de maio deste ano, somente para pagar impostos, taxas e contribuições exigidos pelos governos Federal, Estadual e Municipal, segundo estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).

Considerando que 2024 é bissexto, foram 149 dias trabalhados somente para pagar seus impostos, dois dias a mais do que o levantamento de 2023. Levando em conta o rendimento médio do brasileiro, isso significa que a tributação, em relação à renda, patrimônio e consumo está, atualmente, em 40,71%.

O estudo também mapeou a relação média de dias por década e constatou que houve um aumento substancial nos dias trabalhados. Na década de 70, eram necessários apenas 76 dias trabalhados para pagar os impostos. Esse número saltou para 102 em 1990 e 151, em 2020.

“Nós podemos concluir que, hoje, se trabalha mais do dobro do que se trabalhava no período dos anos 70 para sanar esses tributos. Esse levantamento base, para o cálculo do número de dias trabalhados, foi feito por faixa de renda, considerando-se o período de maio de 2023 a abril de 2024”, conta o autor do estudo e presidente-executivo do IBPT, João Eloi Olenike.

Imagem: Shutterstock 

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