Esporte brasileiro precisa de medidas governamentais e de governança

O esporte é fundamental para o desenvolvimento de um país e sua população. Ele tem que caminhar junto com a educação, sendo fundamental para a formação dos jovens e para o incentivo à adoção de hábitos saudáveis. “Nós não podemos ter politicas públicas no Brasil de educação sem necessariamente valorizar o esporte educacional, escolar e universitário. A educação nunca será plena sem fortalecer o conceito de Ed. Física e do esporte na escola”, defende o atleta Lars Grael, que atualmente preside o LIDE Esporte.

“O Brasil hoje apesenta um dos piores índices de obesidade e sedentarismo do mundo. Ao falar de programa nacional de saúde, tem que obrigatoriamente abordar a saúde preventiva, que inclui melhorar a qualidade da alimentação, a nutrição do povo brasileiro, além da necessidade de estimulo à atividade física, incluindo nisso o esporte”, acredita Grael.

Mas para alcançar plenamente todo o potencial do esporte, são necessárias mudanças governamentais e de gestão das ligas e clubes. Felizmente, o Brasil tem avançado bastante neste aspecto, embora ainda tenhamos um longo caminho para percorrer. “O Brasil vem de uma estrutura esportiva antiga, o sistema confederativo, onde durante décadas prevaleceu o coronelismo, as capitanias hereditárias do esporte, com gestores que se perpetuavam nos cargos”, analisa o atleta.

Ele é otimista e acredita que após o período de realização de grandes eventos esportivos no Brasil, que vai dos Jogos Sulamericanos em 2002 até as Olimpíadas em 2016, houve uma mudança de mentalidade. “Vivíamos num pensamento de que os fins justificavam os meios. Os eventos passaram e nós passamos a questionar os meios. Então, de 2016 para cá, a questão da necessidade de melhoria da qualidade de gestão e da mudança do modelo de governança passou a ser fundamental”, afirma.

Várias ações e medidas positivas para aumentar a transparência e a ética da gestão esportiva no país foram tomadas. Um destes exemplos é a portaria 115 do antigo Ministério do Esporte, que cria a necessidade de certificação de entidades. Também foi proposta uma mudança da Lei do Esporte, a Lei Pelé, com os artigos 18 e 18 A, que exigem democracia, com mandatos definidos para os dirigentes esportivos, além da participação de atletas e realização de auditorias externas.

Outro exemplo é o Prêmio Sou do Esporte, entregue pela associação SOU DO ESPORTE, que confere reconhecimento em diferentes categorias, incluindo Governança e Gestor do Ano. A premiação deste ano acontecerá durante o Summit Sportab, evento realizado pela associação em parceria com a Sportlab, nova integrante do ecossistema do Grupo GS& Gouvêa de Souza, no dia 5 de dezembro, no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo. Grael participará da entrega do prêmio e do painel “Governança como força motriz do desenvolvimento do esporte brasileiro”, que contará também com as presenças de Marco La Porta, vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil; Alberto Murray, presidente do Conselho de Ética do COB; Cláudio Mattos, sócio-diretor do Demarest; além da moderação de Luís Felipe Barros, diretor de Governança da Sou do Esporte.

Outro desafio para o esporte, porém, foi a extinção do Ministério do Esporte, que passou a ser uma secretaria ligada ao Ministério da Cidadania, reduzindo as verbas já restritas destinadas ao esporte. “Temos uma secretaria especial do esporte com um bom secretario, uma boa equipe, mas com uma dificuldade orçamentaria muito grande. O país vive uma crise econômica e financeira sem precedentes, houve uma necessidade de enxugamento da máquina pública e uma redução enorme na capacidade de investimento”, conta Grael.

Diante desta mudança, faltam investimentos para incentivar o esporte na formação escolar, o que, por fim, dificulta a geração de atletas. O governo federal manteve basicamente a Bolsa Atleta e a lei do Incentivo ao Esporte, mas abriu mão de recursos do imposto de renda e o tribunal de justiça da autoridade brasileira de controle da dopagem deixou de existir. As verbas destinadas ao fomento ao lazer e à inclusão social por meio do esporte praticamente acabaram.

“Eu acho que o esporte deveria estar de onde nunca deveria ter saído, que é junto da educação. Acho que seria o local mais adequado para o esporte e também para a cultura. Eles deveriam viver junto das politicas de educação. É o que preconiza o artigo 217, que é o único da constituição que trata do esporte”, afirma Grael.

SUMMIT SPORTLAB e o V PRÊMIO SOU DO ESPORTE contam com o patrocínio do SPORTV, FACEBOOK, IMM ESPORTE E ENTRETENIMENTODEMAREST ADVOGADOS e UNIVERSIDADE ESTÁCIO. Tem como apoiadores institucionais o COMITÊ OLÍMPICO DO BRASILCOMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO, NBB, CBV, WSLUFC, BST, BRAND BOLA,  TORCEDORES.COMABRAGESPINSTITUTO AYRTON SENNAGLOBOGLOBOESPORTE.COMINSTITUTO COMPARTILHAR, LIDE ESPORTES, CBB, IBOPE REPUCOMEYSPORTS NETWORK, entre outros.

SERVIÇO – SUMMIT SPORTLAB
Data: 5 de dezembro
Horário: 8h às 20h
Local: Hotel Maksoud Plaza – São Paulo, SP
Website: http://esportebrasil.net.br/
Sympla (+ transmissão ao vivo): https://www.sympla.com.br/esporte-brasil-summit-sportlab–v-premio-sou-do-esporte__683193

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