Americanas contrata Cristiano Zanin, advogado que defendeu Lula na Lava Jato

Ele vai atuar na defesa do processo em que o BTG Pactual briga para seguir retendo R$ 1,2 bilhão do caixa da varejista

Americanas contrata Cristiano Zanin, advogado que defendeu Lula na Lava Jato - Crédito: Reprodução TRF4

A Americanas contratou Cristiano Zanin, advogado que defendeu o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na Operação Lava Jato e que é cotado para o Supremo Tribunal Federal (STF). A empresa contratou Zanin para a defesa no processo que corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em que o banco BTG Pactual briga para seguir retendo R$ 1,2 bilhão do caixa da varejista.

Esse foi o golpe mais duro que a Americanas sofreu em seu caixa desde o início da crise, quando a empresa comunicou inconsistências contábeis da ordem de R$ 20 bilhões.

Após o BTG, outros bancos bloquearam recursos da empresa que teve de pedir recuperação judicial de forma atabalhoada para não quebrar.

Após bloqueios judiciais e cancelamento de adiantamentos, a varejista ficou com o caixa quase vazio.

Conforme adiantou o jornal O Estado de S. Paulo, a empresa tem estimativa de quatro meses de estoque sem o aporte dos acionistas de referência – Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira.

Em 20 de janeiro deste ano, a companhia entrou em recuperação judicial, reportando dívidas superiores a R$ 40 bilhões.

Ato na sexta-feira

As centrais sindicais estão convocando para sexta-feira, às 10 horas, na Cinelândia, no centro do Rio, onde há uma grande loja da Americanas, uma manifestação para cobrar da empresa posicionamento em relação ao 45 mil funcionários da companhia.

Pela manhã desta segunda, 30, as centrais sindicais e confederações que convocaram o ato – CNTC, CUT, Contracs-CUT, CTB, UGT, NCST-SP, Força Sindical, CSB – se reuniram com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, em São Paulo, para discutir os impactos do caso Americanas no emprego.

Segundo Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, o ministro se comprometeu a intermediar uma negociação. “Marinho vai chamar a empresa e as centrais, para fazer uma mesa redonda em Brasília”, disse o dirigente sindical. Não há data para o encontro.

Com informações de Estadão Conteúdo (Altamiro Silva Júnior e Talita Nascimento).
Imagem: Shutterstock

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