Setor supermercadista aponta seis lições para os negócios

lições supermercadistas

O Mercado&Consumo em Alerta desta última sexta-feira do mês (31 de julho) trouxe para o centro dos debates as lições supermercadistas em tempos de pandemia. Em seu palco virtual estavam Fausto Severino, sócio fundador do Tenda Atacado; Sidney Isidro, diretor de Expansão do Dia%; e Fernanda Dalben, diretora de Marketing da Dalben Supermercados, que compartilharam com o público as ações em cada uma das operações que lideram.

Com a mediação de Alexandre Machado, sócio-diretor da Gouvêa Consulting e Marcos Hirai, CEO da Omnibox, o bate-papo rendeu muitos insights e destacamos alguns deles a seguir.

1 – O setor alimentar em 2020 chegou efetivamente na casa das pessoas. Saiu do seu espaço físico para o lar dos clientes. A digitalização trouxe avanços não apenas em canais, mas na comunicação e nos diferentes pontos de contato, viabilizando compras e entregas em diferentes horários, canais e formatos;

2 – Prover a última milha requer pensar na equação do modelo sem termos amplos, desde os entregadores (negócio justo) quanto em termos de modelo de negócio nos moldes das “darkstores” (locais exclusivos para armazenamento, separação e envio de produtos online, normalmente localizadas em centros urbanos, parecidas com lojas comuns, mas fechadas para o público);

3 – Os impactos significativos das vendas online no setor alimentar não substituíram as vendas das lojas físicas, que também cresceram mostrando que estes canais não competem entre si e sim colaboram;

4 – Dependendo do posicionamento da marca no setor alimentar (por ex: criar valor para o cliente) há oportunidades de criação de serviços na loja física para conviver saudavelmente com o crescimento online. Uma nova era de relacionamento e experiências podem ser criada (ex: a “Choperia” Dalben) para aumentar os motivos da ida à loja física;

5 – Em alguns formatos cuja distinção é o preço, o abastecimento e a reposição de produtos básicos e essenciais tiveram aumento de vendas e supérfluos, queda de vendas e surgiram novos essenciais. Em contrapartida aos hábitos de compartilhamento familiar da quarentena trouxeram crescimento de produtos de indulgência: pipoca, fermento (bolos), chocolates e bebidas. É importante pesquisar as novas cestas, a nova jornada e os novos hábitos;

6 – A indústria está a vida para apoiar o varejista portando ferramentas e inciativas digitais importantes. Há novas possibilidades para o Trademarketing digital como o comércio em tempo real (loja ao vivo) que impulsionam vendas em tempo real. São parcerias com empresas alimentares para ensinar clientes na criação de receitas, indústrias de beleza apoiando o cliente na aplicação de tintura, indústria de limpeza com dicas para a limpeza das casas. São possibilidades muito estimulantes para o varejo e indústria e o cliente é o maior beneficiado.

* Imagem reprodução

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