Fundos imobiliários de shoppings desabam, mas podem ser oportunidade

O volume captado pelos fundos imobiliários de shoppings em 2020 desabou, especialmente por causa do efeito da pandemia, que fechou os empreendimentos no país por cerca de três meses. Enquanto em 2019 a captação dos FIIs de shoppings foi equivalente a 18% do total dos FIIs, neste ano o setor passou a representar 3% da captação.

O segmento também foi o que mais sofreu no acumulado do ano: teve uma desvalorização de 22,4%, acima do índice de FIIs da B3, o ifix, que registra queda de 13,13% no mesmo período.

Contudo, no último mês, após a abertura da maioria dos empreendimentos, alguns com 30% da capacidade, outros com 90%, ainda com restrição de horários, já dá sinais de recuperação. Como consequência, os fundos de shoppings são os que mais valorizaram entre os segmentos, com alta de 3,5%. É o que aponta Freitas.

“No mercado corporativo o impacto foi homogêneo. Já cada shopping tem uma característica: tem regionalização, segmentação, público-alvo. Os que têm publico-alvo de renda mais baixa estão se recuperando mais rapidamente. É o exemplo de um outlet em Novo Hamburgo. Acredito que pelo fato de serem opções de lazer para a baixa renda.”

Durante a pandemia, os depósitos em poupança, feitos majoritariamente pela baixa renda, subiram para 115 bilhões de reais, lembra o gestor. “Isso mostra que muito do auxílio emergencial está guardado. Há muita insegurança se haverá emprego, retomada, se vai ficar doente. À medida que a confiança aumentar, esse dinheiro pode ser aplicado no varejo.”

Além disso, os fundos de shoppings são os que estão mais descontados em relação ao patrimônio, diz Freitas. “O desconto dos fundos é de 10% em relação ao valor patrimonial. Já o segmento de galpões logísticos, que têm sido mais resiliente por causa de contratos atípicos e foram mais procurados na crise devido ao crescimento do comércio eletrônico está quase 20% acima patrimonial.

Com informações do portal Exame.
* Imagem reprodução

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