Usei o termo meditar porque esse foi o método que encontrei, usando 20 minutos do meu dia, para sempre me reconectar comigo mesma e manter-me atenta ao meu propósito de vida. Mas, não estou aqui para falar sobre mim. O que isso tem a ver com inovação, negócios, trabalho e o dia-a-dia de uma empresa?
Como disse Benjamin Disrael, um novelista inglês: “O segredo do sucesso é a constância do propósito”.
Na correria diária entre ligações, dezenas de mensagens de Whats App, reuniões, aeroportos e e-mails, o que seria mais fácil de acontecer? Entrar nessa corrida maluca e simplesmente se deixar levar ou pensar “que loucura isso que estou vivendo, mas que bom que continuo com foco no meu propósito!”?
Penso que, dificilmente, a segunda opção corresponde à resposta da maioria. E, a primeira situação acontece com todo ser humano envolvido em um ecossistema de negócios, seja o funcionário, o presidente da empresa, gerente, coordenador, estagiário e, também, com as companhias. Na ânsia de se tornarem empresas do futuro, omnicanais, digitais, multicanais e algo mais que envolva serem vistas como inovadoras, perde-se de vista o propósito ou onde querem chegar, o que, provavelmente, foi o principal motivo dos negócios serem criados.
Para a empresa que não tem mais em mente o seu propósito, fica difícil até escolher o caminho de inovação, estratégia digital ou tecnológica que vai percorrer. Um bom exemplo de propósito alinhado com a inovação é uma empresa varejista que, com o propósito simples de sempre dar o melhor atendimento ao seu cliente, há alguns anos, investe no e-commerce e disponibiliza aos vendedores das lojas físicas iPads, para que tenham não só os produtos daquela unidade, mas também a infinidade de opções do site para oferecer. Os vendedores buscam, incansavelmente, o que agrada o cliente e, dificilmente, o consumidor vai sair daquela loja de mãos abanando. Mesmo porque se, em algum momento da vida, esse cliente já comprou dessa empresa, o vendedor insere o e-mail dele e encontra o histórico de compras e atendimentos do mesmo, já consegue dar um atendimento personalizado, oferecendo complementos de produtos e identificando o perfil daquele consumidor. Aqui, o digital auxilia o vendedor na amplitude de produtos e informações cruzadas, para fazer com que aquele cliente se sinta especial. Atingimos um segundo objetivo também, que é a fidelização desse consumidor e um terceiro que é o aumento do valor do tempo de vida de compra. E, sim, “dinheiro é consequência”.
Só para concluir, percebo que, em determinado momento, muitas empresa repensam todo o modelo de negócios para se tornarem tecnológicas e inovadoras e, muitas vezes, deixam o propósito de lado. Esquecem de oferecer ou ter o básico, que pode ser tão simples como oferecer um bom serviço através de uma equipe bem treinada e alinhada ao propósito da empresa. Então, para as pessoas designadas para pensar a corrida tecnológica na era digital, digo que se alinhem ao propósito da empresa, que pode ser diferente do seu propósito pessoal (mas daí é uma outra conversa) e a partir daí escolham e testem a estratégia digital e tecnológica que melhor conduza aos objetivos da empresa.
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