Para 80% dos brasileiros, marcas com consciência social ainda são insuficientes

A empresa social australiana Thankyou anunciou nesta quarta-feira (30) o lançamento de uma campanha global na qual consumidores de centenas de países farão um trabalho coletivo para convencer a P&G e a Unilever – duas das maiores e mais influentes empresas de bens de consumo do mundo – a se juntarem a eles numa luta pelo fim da pobreza extrema. 

Um estudo recente da marca com 500 consumidores no Brasil revelou que 37% dos brasileiros verificam se a marca do produto que estão comprando desenvolve iniciativas de RSE (Responsabilidade Social Empresarial) ou apoia projetos sociais, enquanto 40% verificam se os produtos são livres de crueldade contra os animais. 

O dado mais revelador da pesquisa é que 80% dos brasileiros dizem acreditar que não há escolha suficiente de marcas de bens de consumo socialmente conscientes no mercado, o que mostra uma demanda clara para que as empresas adotem mais essas práticas.

É por isso que a Thankyou está convidando a P&G e a Unilever – além de outras empresas importantes pelo mundo, incluindo a Natura – a se juntarem a eles em nessa nova campanha. A iniciativa visa arrecadar mais fundos por meio de um acordo de produção e distribuição de produtos globalmente, para que Thankyou possa doar mais e, assim, ajudar outras comunidades marginalizadas, tanto na América Latina quanto em outras regiões do mundo. 

Parcerias na América Latina

Na América Latina, a Thankyou já fez parceria com a CoImpact e a Water For People, organizações que operam na Guatemala, Honduras, Nicarágua, Bolívia e Peru. 

“Cerca de US$ 63 trilhões são gastos na compra de bens de consumo a cada ano. Enquanto 736 milhões de pessoas estão presas na pobreza extrema. Acreditamos que esse negócio, como de costume, está quebrado”, disse Daniel Flynn, que fundou a Thankyou em 2008 junto com Justine Flynn e Jarryd Burns.

Ele acredita que o projeto pode ter um alcance bem maior. “Acreditamos que nós, junto com as pessoas e uma parceria com uma das duas maiores empresas do mundo, podemos mudar isso canalizando os dólares gastos em bens de consumo para ajudar a acabar com a pobreza extrema.”

* Imagem: Reprodução

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