Ministra Cármen Lúcia critica bets: muito perigoso usar pessoas “como se fossem fáceis de capturar”

Ministra participou do programa Roda Viva e também falou sobre outro tema polêmico: a proibição do X no Brasil

Ministra Cármen Lúcia critica bets: muito perigoso usar pessoas "como se fossem fáceis de capturar"

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, disse considerar perigosa a proliferação das “bets” e apostas durante a campanha eleitoral. afirmou no programa Roda Viva, da TV Cultura. “Acho tudo isso muito perigoso mesmo, jogatina, usando pessoas como se fossem fáceis de capturar”, afirmou durante o programa, no período da noite da segunda-feira, 30.

“Não sei como foi feita avaliação pelo governo e liberado”, disse ainda a ministra, acrescentando ainda considerar a liberação de tais plataformas “abuso de um ser humano pelo outro, principalmente pegado os mais vulneráveis do ponto de vista econômico e de prazer”.

Durante a entrevista, Cármen Lúcia ainda que o abuso de plataformas digitais e redes sociais nem sempre é feito pelo candidato.

“Acho que precisa de um alerta permanente para demonstrar o impacto disso no processo eleitoral e, portanto, político”, justificou a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), ressaltando a importância de aperfeiçoar critérios frente ao uso de tecnologia.

Polêmica do X

Cármen Lúcia também falou sobre a polêmica do X. A ministra disse que o Brasil fez o que precisava ser feito em relação à suspensão da rede social.

“Em um Estado soberano, todos nós cidadãos, empresas e plataformas têm que cumprir a lei do País. O Brasil não é quintal de ninguém e é Estado soberano, por que aqui seria diferente?”, questionou a ministra. “Portanto o Brasil precisa de fazer valer porque o descumprimento era de ordem judicial e fez valer, a vida continuou e continua sempre.”

Ainda de acordo com Lúcia, no geral, as plataformas vêm cumprindo acordos sobre desinformação e sugerido aperfeiçoamentos. “Houve diminuição da desinformação em relação a 2022”, acrescentou.

Com informações de Estadão Conteúdo (Lavínia Kaucz e Audryn Karolyne)
Imagem: Shutterstock

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