A atividade do comércio físico na semana do Natal de 2024 apresentou queda de 3,9%, sendo essa a maior retração para a data desde 2020, quando o índice foi de -10,3%. Os dados são do Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian.
A pesquisa revela que, no fim de semana da data comemorativa, o recuo registrado foi de 1,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
“Com a inadimplência em alta, a prioridade dos consumidores pode ter sido a reestruturação financeira ao optarem por utilizar o 13° salário para o pagamento e renegociação de dívidas, deixando as compras e presentes de Natal em segundo plano”, comenta a economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack.
O movimento do varejo físico em São Paulo também apresentou redução, com queda de 3,7% durante a semana do Natal e de 1,7% no fim de semana, segundo o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian.
Crescimento de vendas nos shoppings
As vendas de Natal nos shopping centers brasileiros cresceram 5,5% entre os dias 19 e 25 de dezembro de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023, segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), elaborado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). O desempenho superou o crescimento total do varejo no mesmo período, que foi de 3,4%.
Os shoppings movimentaram R$ 5,94 bilhões na semana, marcando o melhor Natal desde o início da série histórica do índice, em 2019, quando o montante alcançou R$ 5,5 bilhões. O ticket médio registrado foi de R$ 213,83, um aumento de 3,3% em relação ao Natal de 2023. Em comparação, as lojas de rua tiveram um ticket médio de R$ 109,47, 2,7% superior ao registrado no ano anterior.
“Os resultados de vendas de Natal reforçam a importância estratégica dos shopping centers no cenário econômico, destacando sua capacidade de adaptação às novas demandas dos consumidores. O crescimento registrado neste período simbolicamente relevante para o varejo é um reflexo da confiança do público, da melhoria da renda das famílias e da baixa do desemprego, além da diversificação de ofertas e experiências disponíveis nos shoppings”, afirmou Glauco Humai, presidente da Abrasce.
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