Bem-estar no centro do consumo: 10 tendências que o varejo alimentar precisa acompanhar

Bem-estar no centro do consumo: 10 tendências que o varejo alimentar precisa acompanhar

O bem-estar não é mais uma categoria — é um novo jeito de consumir. A Natural Products Expo West 2025, um dos maiores eventos do mundo em produtos naturais e saudáveis, apresentou inovações que mostram como saúde, propósito e praticidade estão moldando o futuro da alimentação. Essas tendências no varejo alimentar, especialmente os supermercados, representam uma mudança estratégica: é hora de ajustar o mix, explorar novas categorias e criar experiências que dialoguem com um consumidor mais consciente e exigente.

Confira as principais tendências que estão transformando a relação entre alimentos e bem-estar:

  1. Alimentos funcionais em evidência
    Produtos com ingredientes que ajudam a fortalecer a imunidade, melhorar a digestão ou aumentar a saciedade ganham cada vez mais espaço. A busca é por nutrição com benefícios reais e mensuráveis.
  2. Bebidas com propósito
    Cresce o interesse por bebidas que entregam mais do que sabor. O consumidor quer funcionalidade: opções que tragam energia, apoio ao metabolismo ou benefícios à pele, por exemplo.
  3. Proteínas em novos formatos
    A proteína deixou de ser exclusiva do público fitness. Hoje, aparece em snacks, sobremesas e outros produtos do dia a dia, refletindo uma demanda crescente por nutrição prática e acessível.
  4. Nutrição personalizada com apoio da tecnologia
    Wearables, apps e até testes genéticos têm tornado possível personalizar dietas de forma acessível. A busca por produtos adaptados ao biotipo e ao estilo de vida está em crescimento — e o varejo precisa acompanhar esse movimento.
  5. Clean label como novo padrão
    Rótulos simples, ingredientes reconhecíveis e menos aditivos. A transparência se tornou critério de compra — e uma oportunidade para criar confiança com o consumidor.
  6. Nova geração da nutrição infantil
    Pais mais atentos buscam produtos naturais, sem adição de açúcar e com ingredientes que promovem o desenvolvimento saudável desde cedo. A categoria infantil passa por uma evolução que exige inovação e responsabilidade.
  7. Alimentação adaptada a novos hábitos de saúde
    Com a popularização de medicamentos que impactam o apetite, há uma reconfiguração na forma como as pessoas se alimentam. Produtos com alto valor nutricional, ricos em fibras e proteínas, tornam-se cada vez mais relevantes no ponto de venda.
  8. Plant-based e proteínas alternativas em crescimento
    A preferência por alternativas vegetais continua forte, agora com foco em sabor, preço e acessibilidade. O consumidor quer variedade e prazer, mesmo ao optar por dietas com menos carne.
  9. Sustentabilidade e responsabilidade socioambiental
    O consumidor valoriza marcas e produtos que cuidam do planeta — da origem dos ingredientes à forma como são produzidos. Essa consciência afeta diretamente as decisões de compra.
  10. Inclusão alimentar em destaque
    A oferta de produtos voltados para restrições alimentares, como opções sem glúten, sem lactose ou com menos açúcar, já não é um nicho: é uma necessidade crescente que precisa ser atendida com qualidade e variedade.

Para o varejo alimentar, a hora de agir é agora. O supermercado deixou de ser apenas o lugar da compra prática e passou a ser um espaço de descoberta e conexão com novos estilos de vida.

Acompanhando essas tendências, o varejo alimentar não apenas aumenta o tíquete médio, nem apenas fideliza consumidores — ele assume um papel relevante na promoção da saúde e do bem-estar da população. Estar atento a esse movimento é, mais do que nunca, uma questão de competitividade e relevância.

Fernanda Dalben é diretora de Marketing da rede de Supermercados Dalben.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.
Imagem: Envato

 

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