As principais tendências que ditarão o futuro da alimentação no varejo

As principais tendências que ditarão o futuro da alimentação no varejo

O universo gastronômico é um cenário dinâmico, em que as preferências dos consumidores moldam não apenas o que colocamos em nossos pratos, mas também influenciam profundamente o comércio varejista. Em 2024, as tendências alimentares emergentes desempenham um papel fundamental na forma como os produtos são produzidos, comercializados, distribuídos e consumidos. Ao entender as preferências em constante evolução dos consumidores, os varejistas podem posicionar estrategicamente seus produtos, oferecendo uma gama diversificada de opções que atendem às demandas contemporâneas.

A busca pela sustentabilidade, por exemplo, não é mais uma preferência periférica, mas um imperativo que molda as decisões de compra. Como as práticas ambientais tornam-se cada vez mais importantes para os consumidores, os varejistas estão ajustando suas estratégias para incluir produtos locais, sazonais e métodos de produção ecológicos, refletindo não apenas uma escolha consciente, mas uma resposta às exigências do mercado.

As alternativas à carne, por sua vez, não só desafiam as convenções culinárias, mas também estão remodelando as prateleiras dos supermercados. Com avanços tecnológicos e uma ênfase crescente em dietas baseadas em plantas, os varejistas têm a oportunidade de oferecer uma variedade mais ampla de opções de proteínas, respondendo à demanda por escolhas mais saudáveis e éticas.

Este artigo mergulhará nas diversas conexões entre as “food trends” projetadas para este ano e o universo do varejo, explorando como as inovações na culinária moldam as estratégias de negócios e as experiências de compra alinhadas com as preferências contemporâneas.

1. Sustentabilidade

Com a crescente preocupação com o meio ambiente, as práticas alimentares sustentáveis estão em ascensão. Espera-se que os consumidores busquem produtos que tenham uma pegada ecológica reduzida, impulsionando a popularidade de alimentos locais, sazonais e métodos de produção mais ecológicos, como os orgânicos, não testado em animais, entre outros.

2. Alternativas à Carne

As opções de proteínas estão em plena revolução, à medida que as alternativas à carne ganham terreno. Os varejistas não apenas ajustam seus estoques, mas também educam os consumidores sobre as diversas escolhas baseadas em plantas. Tecnologias avançadas e ingredientes inovadores estão transformando a maneira como vemos e consumimos proteínas.

3. Nutrição Funcional

A conscientização sobre a relação entre dieta e saúde está impulsionando uma busca por alimentos que ofereçam benefícios específicos. O varejo responde com uma gama diversificada de produtos, destacando não apenas o sabor, mas também a funcionalidade nutricional: vitaminas, proteínas, entre outros.

4. Clean Label

É o termo utilizado para nova tendência nutricional quando se fala em consumo saudável e consciente. Em tradução livre, “rótulo livre” significa que os alimentos não contêm substâncias artificiais e é feito com produtos naturais.

A necessidade dos consumidores de reconhecer os ingredientes dos produtos adquiridos faz com que a busca por real food, a comida de verdade, cresça. Esse comportamento encontra reflexo nas indústrias de alimentos que, cada vez mais, reconhecem a necessidade de oferecer a seus consumidores matérias-primas mais puras e de origem certificada.

5. Newstalgia

A tendência que resgata sabores e conecta os consumidores a boas lembranças. Relembrar o passado pela cozinha do futuro é o centro dessa tendência. Releitura de pratos, cortes tradicionais, com toque de modernidade e inovação.

6. Collabs

A tendência de colaborações no setor de alimentação está em ascensão, impulsionada por parcerias estratégicas entre empresas alimentícias e também não alimentícias para criar produtos inovadores. Essas colaborações não apenas fomentam a criatividade, combinando expertises distintas, mas também buscam atender às demandas do consumidor por opções mais saudáveis, sustentáveis e personalizadas. Além disso, a colaboração entre marcas alimentícias pode fortalecer suas presenças no mercado, ampliando a variedade de produtos oferecidos e aumentando a conscientização sobre questões alimentares importantes.

7. Conveniência

A vida moderna exige conveniência, e os varejistas estão criando produtos que não sacrificam qualidade ou sabor. Refeições pré-preparadas saudáveis e lanches convenientes são as respostas para consumidores que buscam eficiência sem abrir mão da experiência gastronômica. Dessa forma, o conceito grab and go pode ser considerado como um padrão de comportamento do consumidor.

8. Experiências Sensoriais

A degustação de um alimento ou uma bebida vai (muito) além da nutrição. A experiência é resultado de um misto de percepções conferidas pela integração entre os sentidos da visão, audição, olfato, tato e paladar. Quanto mais sentidos são estimulados no momento da degustação, maior é a sensação de prazer e a experiência de consumo.

À medida que essas tendências se entrelaçam no varejo alimentar de 2024, os negócios que conseguem não apenas antecipar, mas abraçar essas mudanças, estarão na vanguarda da evolução do setor, proporcionando aos consumidores não apenas alimentos, mas uma jornada culinária alinhada com suas escolhas e expectativas contemporâneas.

Fernanda Dalben é diretora de Marketing da rede de Supermercados Dalben.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.
Imagem: Shutterstock

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